Ulisses Correia e Silva: “A cooperação com Portugal ultrapassa de longe a expressão financeira”

O primeiro-ministro de Cabo Verde antecipa, em entrevista ao PÚBLICO, a cimeira com António Costa que começa esta sexta-feira em Lisboa e fala da sua ambição da quase integração de Cabo Verde na União Europeia.

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"Há compromisso com o Banco Mundial para o reforço orçamental, que acontecerá este ano", diz Ulisses Correia e Silva António Cotrim/Lusa

Para Cabo Verde, Portugal é a porta de entrada para uma quase integração na União Europeia (UE), que só não é total pelas óbvias razões geográficas, que escapam ao domínio político e às ambições do Governo cabo-verdiano e do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que hoje e amanhã liderará a comitiva cabo-verdiana que participa em Lisboa na quinta cimeira luso-cabo-verdiana. “Portugal é um país da UE, Cabo Verde tem relações estreitas e quer aprofundar uma parceria estratégica com a UE e a nossa perspectiva é a de uma relação tripartida, Cabo Verde-Portugal-UE, na concretização daquilo que é a nossa ambição, a de termos, não diria uma integração, porque não podemos, não somos um país europeu, mas uma quase integração económica no espaço da UE”, referiu o chefe do Governo cabo-verdiano em entrevista ao PÚBLICO por Skype antes de viajar para Lisboa. Ao fim de três anos no poder em Cabo Verde, que se completam no dia 22 de Abril, Ulisses Correia e Silva mantém o discurso ambicioso de conseguir a livre circulação dos cabo-verdianos na UE e de estabelecer essa mesma livre circulação na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) até ao final da sua presidência, em 2020: “Nós queremos e há condições políticas para que possamos criar de facto a comunidade, porque constrangimentos de circulação amputam o conceito de comunidade.”

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