Fórmula 1: FIA admite dificuldades para um regresso a Portugal
Mohammed ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automóvel, considera que o calendário está repleto.
O presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), o saudita Mohammed ben Sulayem, admitiu esta sexta-feira que o calendário do Mundial de Fórmula 1 está repleto, pelo que dificilmente haverá espaço para novas provas.
O presidente da FIA falava numa conferência de imprensa durante o dia de descanso da 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que se disputa na Arábia Saudita.
Questionado sobre a possibilidade de o Mundial de Fórmula 1 regressar a Portugal, como aconteceu durante a pandemia da covid-19, Ben Sulayem admite que o calendário já está completo.
"Portugal é um excelente local, já tem outros campeonatos, como o de rali-raids. Na Fórmula 1 há um número restrito de vagas", frisou o responsável máximo do automobilismo mundial.
O presidente da FIA explicou que no Conselho Mundial, que decide os destinos das competições, há duas preocupações: "Discutimos o lado dos regulamentos e o lado comercial. Tento sempre equilibrar o lado desportivo com o comercial. Penso que a F1 nunca deve deixar a Europa, pois foi na Europa que começou e é ali que ainda está a inovação. Mas isso não impede que vá para outras regiões", disse.
Ben Sulayem sublinhou que já há muitas viagens no calendário: "Veja o que tantas viagens fazem ao pessoal das equipas. Tenho a responsabilidade de cuidar das equipas. Já há muitas viagens no calendário. Por exemplo, a Alemanha tinha duas provas e agora não tem nenhuma".
O Autódromo Internacional do Algarve (AIA) acolheu o Grande Prémio de Portugal pela última vez em 2021.