A Levi Strauss & Co anunciou, na quarta-feira, que vai pagar as despesas de viagem dos funcionários, a tempo inteiro ou parcial, que precisam de ir a outro estado norte-americano por motivos de saúde, incluindo a necessidade de fazer um aborto.
A conhecida marca de vestuário é a mais recente empresa norte-americana a apoiar os seus funcionários, num momento em que vários estados proíbem o acesso ao aborto, numa altura em que o Supremo Tribunal pode reverter a decisão Roe vs. Wade, que legalizou o aborto em todo o país.
“Dado o que está em jogo, os líderes empresariais precisam fazer ouvir as suas vozes e agir para proteger a saúde e o bem-estar dos seus funcionários. Isso significa proteger os seus direitos reprodutivos”, justificou a empresa em comunicado.
Outras empresas já se comprometeram a oferecer apoio semelhante aos funcionários que precisam de sair de estados como o Texas e Oklahoma, que têm acesso restrito a serviços de aborto.
A Amazon.com Inc, a segunda maior empregadora privada dos Estados Unidos, disse na segunda-feira aos funcionários que pagará até 4000 dólares (3800 euros) em despesas de viagem por ano para tratamentos médicos sem risco de vida, entre eles abortos. A plataforma de avaliação coletiva Yelp, Inc disse que começará este mês a cobrir as despesas dos seus funcionários e dependentes que precisem de viajar para outro estado pelo mesmo motivo. E o Citigroup Inc tornou-se, em Março, no primeiro grande banco dos EUA a assumir um compromisso semelhante.