Quando a covid-19 atingiu o mundo, Mandy Seligman deu por si a captar cada vez mais imagens e percebeu que a máquina fotográfica era importante para a sua própria felicidade. “Tirava fotografias de momentos que me marcavam: pessoas a conectarem-se, coisas pelas quais estava grata, actos de bondade, admiração e beleza”, explica Mandy, citada em comunicado.
“Comecei a pensar em criar uma página no Facebook onde as pessoas pudessem partilhar fotos que as fizessem felizes. Previ que estaria cheia de princípios da psicologia positiva: as pessoas estariam mais sintonizadas com o que as fazia felizes, partilhar fotografias felizes iria espalhar alegria e estaríamos a criar uma comunidade que estivesse focada nos aspectos positivos”, recorda.
No entanto, queria que fosse algo independente do Facebook, já que, “em muitos aspectos, a ideia é a antítese das redes sociais”. Assim, surgiu a SeeingHappy, uma plataforma para partilhar fotografias e criar felicidade. Baseada nos princípios PERMA (a sigla em inglês para Emoção Positiva, Compromisso, Relações, Significado e Conquistas) criados por Martin Seligman, marido de Mandy e fundador da Psicologia Positiva, o espaço digital é uma tentativa de mudar a forma como se vê o mundo, para vê-lo de forma mais positiva.
“É uma espécie de diário fotográfico de gratidão para os optimistas — para aumentar o nosso bem-estar de forma mais profunda do que os ‘likes’ ou o número de seguidores nas redes sociais o que, de facto, diminui o bem-estar se for usado para promover o narcisismo e a competição em torno de uma falsa narrativa. SeeingHappy é antes uma lente com uma perspectiva positiva e uma comunidade com uma intenção propositada”, pode ler-se no comunicado.
“A missão da SeeingHappy é juntar as pessoas, partilhar o que há de positivo nas suas vidas, para apoiarem-se umas às outras. Estamos a construir uma comunidade através da arte e da resiliência e da nossa humanidade comum”, diz Mandy.
Com o objectivo de “difundir a psicologia positiva através da fotografia e aumentar o bem-estar, a resiliência e a esperança”, a SeeingHappy é uma organização sem fins lucrativos e qualquer pessoa pode submeter as suas fotografias e, de acordo com as estatísticas do Google, teve mais de 20 mil visualizações só no primeiro mês.
Texto editado por Carla B. Ribeiro