Jardim ausente no debate da moção de censura ao Governo da Madeira
“Que escândalo nacional não haveria se o primeiro-ministro faltasse à discussão de uma moção de censura ao Governo na Assembleia da República”, comenta o PCP.
A ausência de Alberto João Jardim foi criticada pelo deputado Edgar Silva, deputado do PCP que requereu a suspensão dos trabalhos até que o chefe do executivo comparecesse no Parlamento, de que depende politicamente. “Imaginem que escândalo nacional não haveria na Assembleia da República se o primeiro-ministro não participasse na discussão de uma moção ao Governo nacional. Mas se ocorre nesta dizem que é a democracia à moda da Madeira e que é tudo normal”, frisou o representante comunista.
O requerimento para a suspensão dos trabalhos foi rejeitado pela maioria do PSD. De acordo com o regimento da Assembleia, próprio "da Coreia do Norte" na opinião de Coelho, o presidente do Governo intervirá no debate das moções de censura, “imediatamente após e antes das intervenções do primeiro dos signatários da moção, sem limite de tempo”. Na discussão da moção de confiança ao Governo, aprovada nesta terça-feira com os votos a favor do PSD e contra de toda a oposição, Jardim compareceu com todos os restantes e usou da palavra durante mais de duas horas.
Nesta quarta-feira, na discussão da moção de censura apresentada pelo PTP, o secretário regional da Educação é o único membro do Governo presente. Jaime Feitas é também o único que não integrava o anterior executivo cujos membros, de acordo com a notícia da RTP que está na origem destas moções, serão “na totalidade acusados pelo DCIAP pelo crime de prevaricação”, em consequência do inquérito aberto pela procuradora-geral da Republica à ocultação de dívida pública da Madeira.
José Manuel Coelho abriu a discussão a criticar o regimento, "preparado pelo senhor Jaime Ramos" e próprio "da Coreia do Norte", por dar tempo ilimitado de intervenção ao representante do executivo madeirense.