Bancos Alimentares recolheram 1300 toneladas no primeiro dia

Números de sábado satisfazem a organização, que elogia a adesão "muito significativa" dos portugueses. Neste domingo, a campanha continua em 1668 supermercados e na Internet a recolha prossegue até 9 de Dezembro.

Recolha ocorre em 1668 supermercados do país
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Recolha ocorre em 1668 supermercados do país Paulo Pimenta
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Em 2011, a campanha saldou-se por 2950 toneladas Paulo Pimenta
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Em Portugal existem 20 bancos alimentares Paulo Pimenta
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A estimativa aponta para 38.500 voluntários Paulo Pimenta
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2737 instituições são apoiadas Paulo Pimenta
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Incluindo todos os donativos, como das empresas, os bancos dsitribuíram 30 mil toneladas em 2011 Paulo Pimenta
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Recolhas nos supermercados termina neste domingo Paulo Pimenta
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Donativos podem continuar online até 9 de Dezembro Paulo Pimenta
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Paulo Pimenta

Segundo números avançados pela presidente da Federação de Bancos Alimentares neste domingo de manhã ao PÚBLICO, o primeiro dos dois dias de recolha de alimentos saldou-se em 1300 toneladas de alimentos doados por todo o país.

"É sensivelmente o mesmo da campanha de Dezembro de 2011", salienta aquela responsável, defendendo que este resultado representa um "sinal de esperança" num período em que existem muitas "dificuldades económicas reais".

No ano passado, a campanha de Dezembro recolheu 2950 toneladas, em dois dias. Ou seja, os portugueses terão de doar 1650 toneladas neste domingo se quiserem igualar o resultado de 2011, ano em que se tinha registado uma quebra nas doações comparativamente a 2010 (3269 toneladas contra 2950). Na campanha em curso, a organização pretende recolher 3000 toneladas.

Os resultados são, por agora, satisfatórios. "Há uma adesão muito significativa das pessoas mesmo em momentos de crise. Esta mobilização deve ser vista como um sinal de que quando os portugueses são bem mobilizados eles juntam-se para dar a volta", argumenta Isabel Jonet.

Os 20 bancos alimentares existentes no país esperavam a adesão de 38.500 voluntários neste fim-de-semana. Saber quantos foram só será possível daqui a alguns dias, quando se fecharem as contas, mas há números que podem servir de indicadores, refere a presidente da federação de bancos alimentares. Por exemplo: pelo armazém de Alcântara, em Lisboa, passaram num só dia 2300 voluntários, um número elevado, refere a mesma responsável e que deixa adivinhar que a quantidade de pessoas envolvidas na recolha atingirá os níveis esperados.

Alimentos online
A par da recolha nos supermercados, há uma campanha online que se prolonga até 9 de Dezembro. A doação de alimentos pode ser feita no endereço www.alimenteestaideia.net, poupando-se assim a deslocação às lojas. E nos estabelecimentos comerciais pode-se igualmente continuar a doar alimentos até ao dia 9, através de vales disponíveis nas lojas.

Sobre os factores que poderiam pôr em risco um bom desempenho da campanha, Isabel Jonet considera que a crise não desmobilizou os portugueses. E que as suas declarações à SIC Notícias, a 8 de Novembro, apesar da forte polémica também não afastaram as pessoas. "Os resultados falam por si", responde Jonet, quando questionada sobre isto. "Os portugueses conhecem o Banco Alimentar há 20 anos, sabem o que fazemos, para quem fazemos, com quem fazemos. Há uma relação de confiança por via dos resultados que obtemos todos os anos", frisa.

Perspectivando um ano de 2013 "muito muito difícil", a presidente da Federação de Bancos Alimentares diz que estas instituições irão manter o trabalho sem grandes alterações, com campanhas de recolha nos supermercados em Maio e Dezembro. Espera, porém, uma subida no número de pessoas a necessitar de ajuda, porque "para muitas famílias no desemprego as prestações sociais chegaram ou vão chegar ao fim".

Números de 2011 indicam que a ajuda alimentar desta rede, que trabalha por seu lado com 2373 instituições de solidariedade social, chegou a mais de 373 mil pessoas. E é "muito importante" que esta organização em rede dos bancos e das instituições de solidariedade continuem a trabalhar em conjunto, salienta Jonet. "As IPSS são uma almofada de segurança que no próximo ano vai ser ainda mais importante", frisa. Não há, pelo menos por agora, nenhuma mudança em perspectiva, designadamente de reforço nas campanhas ou distribuição alimentar.

 

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