Desde 1965, quando se introduziu a vacina contra a pólio, que marcou o início do Programa Nacional de Vacinação (PNV), muito mudou em Portugal. No mesmo ano, foram introduzidas vacinas contra o tétano, a difteria e a tosse convulsa. Estas doenças provocaram 5271 mortes entre 1956 e 1965. No período entre 2006 e 2015, a tosse convulsa e o tétano causaram 23 mortes e não houve registo de óbitos associados à poliomielite e à difteria. Em todas as vacinas incluídas no PNV há uma redução no número de novos casos notificados (todos os casos reportados pelos médicos independentemente da sua confirmação), que é visível logo após a sua introdução
Poliomielite aguda
A vacina, que marcou o início do Programa Nacional de Vacinação, foi introduzida em 1965. Os resultados são visíveis logo no ano seguinte. É uma das doenças eliminadas em Portugal
Ano de introdução da vacina
Difteria
Também está disponível desde 1965. Entre 1956 e a data de introdução da vacina, esta doença provocou mais de 19 mil mortes
Ano de introdução da vacina
Tosse convulsa
Entre 1956 e 1965 (data de introdução da vacina), registaram-se 14.429 casos e 873 mortes. Entre 2006 e 2015, foram notificados 880 casos e registadas oito mortes
Ano de introdução da vacina
Tétano
O tétano é uma das doenças consideradas controladas pela DGS. O número de casos notificados diminuiu quase 100% entre 1956-1965 e 2006-2015
Ano de introdução da vacina
Sarampo
O sarampo só é de notificação obrigatória desde 1987. Os números mostram um decréscimo acentuado no número de novos casos desde o final da década de 1990
Ano de introdução da vacina
Rubéola
A rubéola é uma das doenças eliminadas. Desde 2010 só foram notificados 16 casos
Ano de introdução da vacina
Papeira
Apesar do decréscimo acentuado no número de casos registados anualmente, 2017 bateu o recorde dos últimos dez anos
Ano de introdução da vacina
Meningite C
O decréscimo do número de novos casos é visível desde que a vacina foi introduzida.
Ano de introdução da vacina
Nota: Inclui todos os casos reportados pelos médicos, independentemente da sua confirmação
Os portugueses confiam mais nas vacinas do que quaisquer outros cidadãos europeus. Mais de 95% concordam que são seguras, eficazes e importantes para as crianças. Mas uma análise das coberturas vacinais mostra que, mesmo assim, a taxa de vacinação não é semelhante em todas as regiões do país. É em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve que existem as menores taxas.
Na Europa, as diferenças também são evidentes. França, Itália, Roménia e Bulgária são países onde as taxas de cobertura vacinal são inferiores a 95% (valor a partir do qual se considera que esta taxa é satisfatória).
O Algarve é a região do país com as mais baixas taxas de cobertura vacinal em 2017 (%)
Estes números referem-se à vacinação até aos 2 anos de idade
Portugal é o país da UE onde mais se confia nas vacinas
Em alguns países europeus a cobertura vacinal contra o sarampo ainda fica aquém do satisfatório
Taxa de vacinação da primeira dose (2017)
85% a 94%
95% a 99%
Dados indisponíveis
Mortes causadas por doenças para as quais existem vacinas têm vindo a diminuir no mundo
1 em 10 crianças não foi vacinada em 2017 no mundo
Valores em milhões
Resultados da vacinação em Portugal