Há quase um milhão de pessoas em isolamento em Portugal. Mais 192 internados
Há 968.672 pessoas isoladas por estarem infectadas ou por terem contactado com alguém infectado. O número representa mais de 9% da população portuguesa e ultrapassa as previsões de alguns especialistas.
Há quase um milhão de pessoas isoladas em Portugal devido ao vírus que causa a covid-19, um aumento de 60% relativamente aos números registados na semana passada. Neste domingo, o boletim da Direcção-Geral da Saúde dá conta de 489.789 casos activos de infecção e de 478.883 pessoas que estão em vigilância activa (isolamento profiláctico), o que significa que, no total, 968.672 pessoas estão isoladas em casas por estarem infectadas ou por se considerar que tiveram um contacto de alto risco com alguém infectado. O número representa mais de 9% da população portuguesa e ultrapassa as previsões de alguns especialistas que na passada segunda-feira estimavam que só a 30 de Janeiro haveria mais de 400 mil pessoas em isolamento.
No passado dia 15 de Janeiro, havia 608.299 pessoas isoladas em casa, menos 360.373 do que neste sábado, dia 22.
Os números mostram o impacto da pandemia na sociedade, apesar dos valores reduzido de mortes e internamentos comparativamente a Janeiro de 2021. A DGS tem vindo a alertar para o aumento da pressão nos serviços de saúde. Segundo o mais recente relatório de monitorização das “linhas vermelhas” da pandemia, nota-se uma actividade epidémica de “intensidade muito elevada, com tendência crescente a nível nacional”.
Este domingo, a DGS reportou também mais 30 mortes e 45.569 novos casos de covid-19. É a primeira vez em quatro dias que Portugal reporta menos de 50 mil casos diários, mas os casos divulgados ao domingo tendem a ser tipicamente mais baixos devido a um menor volume de testagem e de comunicação dos resultados.
Actualmente, há 2219 pessoas internadas nos hospitais portugueses (mais 192 do que na actualização de sábado). Destas, 160 estão nos cuidados intensivos.
Apesar do aumento constante no número de casos diários, o facto de a mortalidade e internamentos não acompanharem a subida, leva alguns países a reconsiderar a forma como se vigia a covid-19. Espanha, por exemplo, defende que em breve será possível vigiar o coronavírus como se faz com a gripe. Já o Governo britânico anunciou que, a partir da próxima semana, caem algumas medidas de emergência, como o uso de máscaras nos transportes.
Norte mantém maior número de novos casos
Relativamente ao boletim referente aos números de sábado: o maior número de novos casos foi registado na região do Norte (10 mortes e 20.549 casos). A região de Lisboa e Vale do Tejo regista o maior número de óbitos (16 mortes e 13.303 novos casos). A região Centro totaliza mais 6954 casos e dois óbitos Já o Alentejo contabiliza 1337 novos casos e mais uma morte. No Algarve, há mais 1716 casos e uma morte.
A Madeira regista 1005 novos casos de infecção e os Açores somam mais 705 casos.
Das 19.569 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 12.658 (quase 65%) tinham mais de 80 anos (5836 homens e 6822 mulheres). Do total de mortes registadas desde Março de 2020: 10295 são homens e 9274 são mulheres.
Evolução dos novos casos diários
Portugal continua no quadrante vermelho da matriz de risco que monitoriza a evolução da situação epidemiológica no país. Isto quer dizer que a incidência tem tendência a subir.
O índice de transmissibilidade — R(t) — a nível nacional situa-se nos 1,10 Este índice corresponde ao número de pessoas que são, em teoria, contagiadas por alguém com a infecção activa. Apesar de o valor desta semana ser inferior ao da semana passada, continua a ser superior a 1, o que indica uma tendência crescente da incidência de infecções por SARS-Cov-2 a nível nacional.
Mais 10.571 pessoas recuperaram da doença, num total de 1.712.467 recuperações desde o início da pandemia. Há mais 26.789 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. Ao todo, o país contabiliza 19.569 óbitos por covid-19 e 2.221.825 casos confirmados desde Março de 2020.