Coronavírus
StayAway Covid. Como funciona a app de combate à pandemia?
A app StayAway Covid usa os telemóveis para alertar os utilizadores de contactos de risco com alguém a quem foi recentemente diagnosticado o novo coronavírus. O seu uso é voluntário e gratuito, e o objectivo é que funcione como uma ferramenta complementar para travar a propagação da covid-19 em Portugal.
Vai chamar-se
StayAway Covid
Será de uso voluntário e gratuito
Os utilizadores são alertados de contactos de risco com alguém confirmado como infectado com o novo coronavírus.
A StayAway Covid
não precisa de quaisquer dados pessoais para funcionar
Sempre que a função de rastreio da minha app estiver ligada, o meu telemóvel guarda identificadores aleatórios dos telemóveis próximos de mim com a app instalada e activada e envia o meu identificador aleatório para esses telemóveis.
São guardados identificadores de telemóveis que estiveram mais de 15 minutos a menos de dois metros de mim. Estes identificadores são gerados ao acaso, sem qualquer dado pessoal. São apagados a cada 14 dias.
O alerta
é feito sempre
na própria app
A app passará do estado verde para amarelo. O estado da sua aplicação não é registado em nenhum outro sistema para além do seu telemóvel.Quando não há registo de “quaisquer contactos de proximidade com elevado risco de contágio”, a página inicial da app tem uma cor verde. Muda para o estado amarelo sempre que alguém “esteve próximo de alguém a quem foi diagnosticada covid-19”.
Depois de alertado,
deverei ficar mais
vigilante
quanto ao meu estado de saúde. Se a aplicação passar do estado verde para amarelo, a decisão de contactar as entidades de saúde é minha. Para além de mim, ninguém saberá que a aplicação passou ao estado amarelo.
Se me for diagnosticada
covid-19
tenho acesso a um código que posso introduzir na app
para alertar as pessoas de quem estive perto nos últimos 14 dias.
Tenho 24 horas para o fazer
e só um médico é que me
pode dar este código
Ao activar o alerta, os identificadores aleatórios que difundi nos últimos 14 dias são partilhados publicamente num servidor oficial.
Duas vezes por dia,
as aplicações activas descarregam os identificares aleatórios no servidor e comparam-nos com os identificadores que têm guardados.
Nunca poderei ser
localizado, pois a app inão tem acesso aos meus dados GPS
Proteja-se,
protegendo
os outros
Como funciona?
A StayAway Covid depende de bluetooth, uma tecnologia de comunicação sem fios de curto alcance (usada em smartphones, auriculares, consolas) que permite que aparelhos troquem informação quando estão próximos. Não são guardados dados sobre as coordenadas geográficas do utilizador. Para garantir a compatibilidade entre diferentes telemóveis e gastar menos bateria, a app utiliza a nova interface de programação de aplicações (API) para rastreio de contágio desenvolvida pela Apple e pela Google
Uma por país?
Só uma aplicação por país é que tem acesso às novas ferramentas e só se for desenvolvida pelo governo ou pelas autoridades de Saúde públicas.
O alerta
Diariamente o telemóvel consulta um servidor que contém os identificadores aleatórios e anónimos das pessoas infectadas que decidem partilhar o seu diagnóstico. Se existirem identificadores em comum no telemóvel do utilizador e no servidor, a app muda de cor.
Anonimato
A responsabilidade de contactar as entidades de saúde na sequência desta informação é do utilizador da app. Ninguém mais saberá que uma aplicação passou ao estado amarelo.
Responsáveis
A Direcção-Geral da Saúde é a entidade responsável por gerir o sistema e garantir que o tratamento de dados respeita a legislação europeia e nacional. A aplicação está a ser desenvolvida desde Março pelo Instituto de Engenharia de Sistemas de Computadores, Ciência e Tecnologia (Inesc Tec), em parceria com o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e as empresas Keyruptive e Ubirider, no âmbito da Iniciativa Nacional em Competências Digitais.
FICHA TÉCNICA
Infografia: Cátia Mendonça, Gabriela Gómez e José Alves Animação: José Alves Desenvolvimento web: Cátia Mendonça, Gabriela Gómez e José Alves Pesquisa: Célia Rodrigues, Karla Pequenino Texto: Karla Pequenino Coordenação: Célia Rodrigues