Dois detidos e 12 feridos na manifestação de segunda-feira frente ao Parlamento

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Manifestantes atearam uma fogueira em frente à escadaria da Assembleia da República PÚBLICO

Dois detidos, três pessoas identificadas, 12 feridos, três viaturas e vários capacetes da PSP danificados, bem como dezenas de veículos civis. É este o balanço feito pela PSP sobre os confrontos registados na manifestação desta segunda-feira frente à Assembleia da República, em Lisboa.

A manifestação designada “Cerco a São Bento! Este não é o nosso Orçamento” começou “ordeira” pelas 15h30, diz a PSP em comunicado, mas às 20h os ânimos exaltaram-se. As “alterações à ordem pública” incluíram destruição de mobiliário urbano, danificação de grades e rebentamento de petardos e arremesso de pedras e garrafas de vidro aos agentes da PSP que estavam no local.

Dois homens de 22 e 33 anos foram detidos por resistência, coacção e ameaças a um funcionário. Um deles ficou ferido e foi transportado para o Hospital de S. José. Os restantes 11 feridos são agentes da PSP, dos quais três necessitaram de tratamento hospitalar.

Três pessoas de 18, 26 e 51 anos foram identificadas por “incivilidades” como o arremesso de pedras e garrafas contra o dispositivo policial. Nos confrontos, três viaturas da PSP foram danificadas, bem como vários capacetes de protecção policial e ainda dezenas de viaturas civis, acrescenta a PSP em comunicado.

Os detidos foram esta terça-feira presentes a tribunal para julgamento em processo sumário mas ainda não são conhecidas as conclusões.

A concentração, organizada pela plataforma 15 de Outubro e pelo movimento Sem Emprego, tinha como objectivo contestar o Orçamento do Estado para 2013, que foi apresentado segunda-feira à tarde. Os manifestantes pediam a demissão do Governo e tentaram por várias vezes invadir a Assembleia da República.

Além dos petardos e das garrafas de vidro arremessadas contra os agentes policiais no local, foi ateada uma fogueira, que cerca das 23h ainda ardia com alguns detritos.

A essa hora, perto de 100 manifestantes subiram uma das ruas laterais da Assembleia da República, aproximando-se da porta da residência oficial do primeiro-ministro, nas traseiras do edifício, e acabaram por ser alvo de uma carga policial.

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