Estratégias de gestão emocional que deve ensinar ao seu filho

À medida que os nossos filhos aprendem a gerir situações de stress menores, estarão a desenvolver habilidades que lhes permitirão lidar com situações mais complexas com confiança.

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Ajudar as crianças a desenvolverem competências de gestão emocional é essencial para o seu bem-estar e crescimento saudável. Ao longo da vida, elas vão enfrentar situações desafiadoras que exigirão uma gestão emocional eficaz, como, por exemplo, quando tiverem que lidar com a perda de um ente querido ou sofrer pressão dos pares na escola.

Desde acontecimentos menores até aos mais significativos, as crianças inevitavelmente enfrentarão situações diárias que testarão a sua capacidade de gestão emocional. Com o passar dos anos, todos nós aprimoramos essa habilidade, e muitos de nós, em adultos, já nos sentimos confortáveis com duas ou três estratégias que fomos testando ao longo do tempo, seja dar uma caminhada, fazer meditação ou até tomar um chá com um amigo.

Mas a verdade é que não nascemos com estas competências; tivemos que as desenvolver ao longo do tempo, de forma mais ou menos suave. O mesmo acontece com os nossos filhos. Como pais atentos, queremos proporcionar-lhes as melhores e mais suaves formas de desenvolverem estas habilidades. Independentemente da forma que encontramos para nos acalmarmos emocionalmente e conseguirmos pensar e digerir os problemas, sabemos o quão importante é para os nossos filhos desenvolverem esta capacidade também.

Estas competências não só serão úteis no presente, mas também constituirão um dos maiores investimentos para o futuro. À medida que os nossos filhos aprendem a gerir situações de stress menores, estarão a desenvolver habilidades que lhes permitirão lidar com situações mais complexas com confiança.

Estas competências começam a desenvolver-se desde bebés na relação com o cuidador principal, que vai regulando as emoções do bebé e, assim, ajudando-o a desenvolver as suas próprias capacidades de regulação através da co-regulação do adulto. No entanto, a nossa tarefa não acaba aí. À medida que os nossos filhos crescem, há muitas outras coisas que podemos fazer para os guiar nesta aprendizagem. Não se esqueça da importância de modelar comportamentos! As crianças são como esponjas e estão sempre a aprender com os adultos, mesmo quando não temos a intenção explícita de ensinar. Elas observam-nos constantemente e tiram as suas próprias conclusões. Por isso, assegure-se de que está a ser um bom modelo.

Aprender a lidar com emoções pode ajudar a prevenir comportamentos negativos e promover a resiliência. É importante ensinar os mais pequeninos a reconhecer e nomear as suas emoções desde cedo. Quando uma criança consegue identificar o que está a sentir, torna-se mais fácil lidar com as emoções. Tudo isto pode ser feito através de jogos, livros e conversas para ajudá-las a entender diferentes sentimentos e como eles se manifestam.

Aqui estão algumas estratégias eficazes para apoiar as crianças na construção de competências de gestão emocional:

Técnicas de gestão emocional físicas. Atividades físicas que ajudam a reduzir o stress e a melhorar o humor. Brincadeiras ao ar livre, andar de bicicleta, passear na natureza são excelentes formas de as crianças libertarem energia e emoções acumuladas.

Técnicas de gestão emocional que envolvem criatividade. Atividades que incorporam e inspiram a criatividade do seu filho podem ajudá-lo a processar e a regular as emoções. Estas atividades também criam um espaço calmo para refletir sobre o dia e aprimoram a capacidade de se concentrar num projeto específico, proporcionando, talvez, a satisfação de concluir um projeto pelos seus próprios meios.

Técnicas de gestão emocional que envolvem relaxamento. Estas atividades permitem que a criança tenha contacto com o seu stress, mas que possa também aliviá-lo. Atividades como ouvir música, meditação guiada, ioga para crianças ou simplesmente focar-se na respiração durante alguns minutos podem ser muito benéficas. Mais ainda, a respiração consciente pode ajudar a reduzir a ansiedade e o stress. Daí que vale a pena incorporar na rotina diária práticas como respirar fundo pelo nariz e expirar lentamente pela boca para ajudar a manter a calma em situações de tensão.

Para além destas técnicas, não se esqueça de criar um cantinho da calma, ou seja, um espaço seguro onde possam exprimir os seus sentimentos sem receio. Pode ser um canto da casa com brinquedos, livros e materiais de arte onde a criança se sinta confortável para falar sobre as suas emoções. Nesses momentos escute-as atentamente, validando os seus sentimentos e oferecendo apoio sem minimizar as suas emoções. Este tipo de comunicação fortalece o vínculo e promove a confiança.

E ainda uma última palavra para a criação de rotinas diárias que proporcionam uma sensação de segurança e previsibilidade fundamental para as crianças é crucial. Pois, sabendo o que esperar, elas conseguem lidar melhor com as mudanças e surpresas, diminuindo a ansiedade.

Desenvolver competências de gestão emocional, desde cedo é primordial para a saúde emocional das crianças. Com estas estratégias, os pais podem apoiar os seus filhos na aprendizagem de como lidar com as emoções de forma saudável, preparando-os para enfrentar desafios futuros com resiliência e confiança.

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