Amnistia Internacional diz que Shein na bolsa londrina é um “marco de vergonha”

Segundo a Amnistia Internacional, os executivos da Shein reuniram-se recentemente com representantes da AI e responderam por escrito a uma série de questões relacionadas com os direitos humanos.

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A empresa chinesa quer entrar nas bolsas do Reino Unido e EUA Dado Ruvic/Illustration/Reuters
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A Amnistia Internacional (AI) do Reino Unido defende que a potencial oferta pública inicial (IPO) da Shein em Londres seria um "marco de vergonha" para a Bolsa de Valores de Londres, devido aos padrões "questionáveis" da empresa chinesa de fast-fashion em matéria de trabalho e direitos humanos.

Este mês, a Shein apresentou confidencialmente documentos ao regulador dos mercados britânicos, revelaram duas fontes à Reuters na segunda-feira, dando início ao processo para uma potencial cotação em Londres ainda este ano.

"Recompensar os métodos actuais da Shein [através da possibilidade de venda de acções] seria uma vergonha para a Bolsa de Londres", declara Dominique Muller, investigadora da AI especializada na indústria do vestuário, num comunicado de imprensa.

A Shein não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da Reuters, bem como a Bolsa de Valores de Londres também não quis comentar. Recentemente, nos EUA, os planos de admissão na bolsa de valores depararam-se com uma oposição política, devido a preocupações laborais.

No início deste ano, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China informou a empresa que o regulador não recomendaria uma IPO nos EUA devido aos problemas da cadeia de fornecimento da empresa, informou a Reuters.

Segundo a Amnistia Internacional, os executivos da Shein reuniram-se recentemente com representantes da AI e responderam por escrito a uma série de questões relacionadas com os direitos humanos.