A imprensa internacional: “Todos esperavam por CR7, Conceição Júnior salvou Portugal”

“Portugal escapa a uma falsa partida no Campeonato da Europa nos últimos segundos”, resumiu, na Alemanha, o jornal Die Welt.

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O golo decisivo de Portugal apontado por Francisco Conceição foi destacado pela imprensa internacional Karina Hessland / REUTERS
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Foram vários os jornais estrangeiros que não resistiram a usar o nome do capitão português nos títulos das suas crónicas sobre uma vitória em que a selecção nacional mostrou “um jogo muito dominante, mas pouco organizado”, vencendo “a forte equipa da República Checa nos descontos”, como descreveu o desportivo francês L’Équipe.

Em Itália, Ronaldo surgiu várias vezes acompanhado de Conceição: “Todos esperam por CR7, Conceição Júnior salva Portugal” foi o título escolhido pelo desportivo La Gazzetta dello Sport. Noutra versão da mesma ideia, “Cristiano Ronaldo procura o golo, Conceição encontra-o in extremis” foi a opção do enviado ao Euro do também italiano La Repubblica.

Ainda na imprensa italiana, “Ronaldo continua a seco, mas Portugal festeja”, escreveu o Corriere dela Sera, notando como “’Simmm’, o grito de guerra de Cristiano Ronaldo, foi gritado em coro pelos 20 mil adeptos portugueses, ininterruptamente, durante a noite”. Mas “se Portugal venceu na sua estreia, no último ataque desesperado, não foi graças ao seu eterno campeão, mas sim a um jovem rapaz, Francisco Conceição, conhecido como Cisco, 21 anos, três presenças na selecção nacional, filho de Sérgio”, acrescentou o jornal, lembrando que Sérgio Conceição jogou no Inter Milão e na Lazio.

“Portugal escapa a uma falsa partida no Campeonato da Europa nos últimos segundos”, resumiu, na Alemanha, o jornal Die Welt. O diário relatou igualmente como “Francisco Conceição salva a equipa liderada pela superestrela Cristiano Ronaldo com um golo nos descontos”. O diário sublinhou a presença de Cristiano Ronaldo em mais uma fase final de um Europeu, e com mais um recorde: “Nenhum outro jogador participou em seis finais de Campeonatos da Europa”.

No Brasil, o jornal O Globo realçou o mesmo recorde, mas lembrou que “a vitória de Portugal sobre a República Checa marcou [não um, mas] dois novos recordes para a história do Euro” – “O craque Cristiano Ronaldo se tornou o único atleta a disputar seis edições do torneio e o zagueiro [central] Pepe agora é o jogador de linha [de campo] mais velho a jogar a competição”.

O britânico The Guardian falou num “jogo estranho de analisar”, onde “ambos os golos contaram com um elemento de sorte”. Para o diário, “Portugal foi a melhor equipa em termos de equilíbrio, muito mais ameaçadora ao longo da partida, mas sem nunca ter acertado verdadeiramente o passo”. Os checos “lutaram bem e isso dá-lhes alento; Portugal vai ficar encantado com uma vitória dramática, sabendo que pode jogar muito melhor”, concluiu. Ou, como escreveu o belga Le Soir, “Portugal assusta-se, mas vence no final”.

“Portugal saiu a perder mas acabou por vencer a República Checa no seu jogo de estreia”, declarou o jornal El País. Chegados a Espanha e de volta a Cristiano Ronaldo, numa “vitória difícil” para um dos países “favoritos”, “o craque português não marcou, mas ajudou a sua equipa a ultrapassar os piores momentos. É um verdadeiro líder”.

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