Os jogadores de Portugal um a um

De 0 a 10, a avaliação ao desemepenho dos jogadores utilizados por Roberto Martínez frente à República Checa.

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Nuno Mendes celebra pela selecção nacional Annegret Hilse / REUTERS
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Portugal venceu a República Checa por 2-1 e, na selecção nacional, houve três jogadores em claro destaque e outros dois em evidente sub-rendimento.

Cristiano Ronaldo, o capitão, foi assim-assim.

Diogo Costa – 7/10

Pouco tocou na bola e quando se pedia que tocasse não tinha grandes hipóteses. Fez o que pôde e não seria por ali que Portugal perderia, empataria ou ganharia este jogo.

Pepe – 7/10

Bom desempenho a nível de duelos, sobretudo aéreos, ainda que com bola não tenha acrescentado muito. Mostrou a habitual velocidade em duas ocasiões, o que é, só por si, uma boa notícia. Com Pepe saudável a defesa portuguesa será sempre mais forte.

Rúben Dias – 8/10

Avaliação semelhante à de Pepe, mas com alguns cortes mais importantes. Foi forte nos duelos e permitiu pouco aos atacantes checos e ainda salvou um remate perigoso. Com bola não acrescentou grande coisa, mas fez, globalmente, um jogo bastante positivo.

Nuno Mendes – 9/10

Defensivamente esteve soberbo, sobretudo pelo ar, justificando a aposta como central pela esquerda. Mediu muito bem os tempos de salto, mesmo contra checos mais fortes e mais altos. A nível ofensivo foi muito interventivo, quer em condução, quer a nível de presença em zonas de definição e finalização. Pareceu confortável nesta posição, ainda que o tipo de soluções que encontra sejam bastante diferentes das de Gonçalo Inácio, que aposta mais na verticalização pelo passe do que pela condução. Teve impacto no primeiro golo e, também por isso, acaba por ser o melhor jogador de Portugal.

Diogo Dalot – 3/10

Jogo pobre. Não foi especialmente competente nos duelos defensivos, sendo batido um par de vezes, e com bola acrescentou muito pouco. É bastante provável que tenha perdido o “bilhete” para o próximo jogo. Semedo já deu boas indicações e Cancelo à direita também será sempre um rival de peso. Noutra selecção, seria jogador-chave. Em Portugal, não pode ter jogos a este nível, sob pena de ficar no banco.

João Cancelo - 3/10

Portugal precisou de mais Cancelo. Aparecer no meio vindo da ala é diferente de partir logo de posições interiores. Houve momentos em que pareceu algo perdido, porque foi a primeira vez em que teve de partir de posições tão interiores, já que os checos permitiam muito espaço a Nuno Mendes, deixando o jogador do PSG abrir mais com bola pela esquerda. Cancelo pareceu, por vezes, indeciso em relação à zona onde deveria ir pedir bola. Não foi relevante.

Vitinha – 8/10

Foi forte nos duelos e ganhou muitas bolas, pelo que Portugal não sofreu sem bola por haver Vitinha em vez de Palhinha. Com bola, deu bastante fluidez à circulação e encontrou soluções em grande parte das situações, quer a nível de variação de flanco (impacto no golo), quer com algumas soluções entre linhas. Muito bom jogo e é difícil imaginar esta equipa sem Vitinha.

Bruno Fernandes – 7/10

Boas incursões com bola pela zona central. Decidiu quase sempre bem, mas quem definiu não o fez com a mesma competência. E ainda teve um passe para finalização. Por vezes pareceu algo inibido pela presença de Ronaldo longe das zonas de finalização, com o capitão a levar consigo adversários para as zonas de influência do médio do Manchester United. Talvez pudesse ter arriscado mais o remate num par de ocasiões.

Bernardo Silva – 4/10

Não foi dos melhores jogos do médio do Manchester City. Não é que tenha prejudicado o futebol da selecção – dificilmente o faz –, mas também não o beneficiou com soluções verticais e criativas. Parece algo cansado e sem a energia necessária para ser um corpo positivo. E por difícil que seja imaginar Bernardo no banco, não será um cenário assim tão absurdo, sobretudo com Conceição à espreita.

Rafael Leão – 6/10

A primeira parte foi globalmente positiva. Quando teve espaço para criar desequilíbrios conseguiu fazê-lo, mesmo que tenha definido quase sempre mal. Teve ainda um lance de ataque em um contra um que quis acabar com uma simulação evidente, penalizada pela equipa de arbitragem. É difícil definir o desempenho do jogador do AC Milan, mas, em geral, não esteve mal. Mas para quem já tomou conta da Liga italiana também não foi tudo o que pode ser.

Ronaldo – 5/10

O que se viu com a Irlanda foi bastante rico, mas o capitão voltou aos desempenhos pobres. Quando saiu da sua posição não foi especialmente forte a associar-se com os colegas e também não conseguiu servir de âncora que arrastasse marcações e abrisse espaço para os colegas – trabalho que Gonçalo Ramos faz de forma diferente. Chegou até a arrastar adversários para a zona onde havia jogadores portugueses, dificultando a fluidez do jogo. Na finalização também não fez a diferença, falhando uma grande oportunidade de golo, além dos vários foras-de-jogo em que foi apanhado.

Gonçalo Inácio – 5/10

Não teve especial impacto no jogo, nem negativo, nem positivo.

Diogo Jota – 6/10

Pressionou e trabalhou sem bola e ainda marcou um golo – que foi anulado. Mostrou que o faro finalizador que tem pode ser muito útil e é possível, ou até provável, que venha a ter uma oportunidade no “onze”.

Francisco Conceição – 7/10

Entrou e marcou. Não teve tempo para mostrar muito futebol, mas foi o jogador decisivo. O cartão amarelo no festejo, com acumulação na competição, foi totalmente escusado.

Pedro Neto – 7/10

Tal como Conceição, não teve tempo para muito, mas foi o suficiente para criar o golo da selecção portuguesa. Não foi por este lance que ganhou espaço na luta pelo “onze”, mas será, pelo menos, alguém mais próximo de ser lançado antes dos 90 minutos, como com os checos.

Nélson Semedo – sem nota

Sem impacto no jogo, quer defensivo, quer ofensivo. Mas talvez o mau jogo de Dalot valha um “presente” a Semedo.

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