Halle Berry foi diagnosticada com herpes. Afinal, eram sintomas da perimenopausa

A actriz queixa-se que o médico não tinha conhecimento suficiente para a preparar para a perimenopausa, a fase que antecede a menopausa. Então, decidiu lançar uma nova plataforma dedicada ao tema.

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Halle Berry no Festival de Cannes, em Junho de 2023 ERIC GAILLARD/Reuters
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Os médicos diagnosticaram Halle Berry com herpes, uma doença sexualmente transmissível, mas afinal “era um sintoma de perimenopausa”. A actriz contou a experiência a Jill Biden no encontro A Day of Unreasonable Conversation (Um dia de conversas irracionais, em tradução livre), em Los Angeles, no início desta semana, onde também participaram Jane Fonda e Paris Hilton, para falar sobre a saúde da mulher.

A primeira-dama Jill Biden, que é voz activa pelos direitos das mulheres na saúde, conduziu a conversa com Halle Berry. “Ao início, o meu ego disse-me que não me ia afectar, porque estava em excelente forma”, confessou actriz, que frisou a necessidade de as mulheres abraçarem esta fase da vida, que defende não ter tanta visibilidade como deveria ter.

Para Berry, agora com 57 anos, foi uma surpresa saber que tinha chegado à menopausa. “Aos 54 anos, finalmente conheci o homem dos meus sonhos”, conta, citada pela revista People, enquanto falava abertamente sobre a vida sexual com o namorado, o músico Van Hunt, de 54 anos. Depois de sentir muitas dores, decidiu ir ao ginecologista que a diagnosticou com “o pior herpes que já tinha visto na vida”. A actriz e o namorado foram testados e os exames revelaram que nenhum dos dois tinha herpes. “Então descobri que era um sintoma da perimenopausa.”

A perimenopausa é a fase que antecede a menopausa, quando surgem os primeiros sintomas, incluindo a secura vaginal, que era, afinal, o suposto herpes de Halle Berry. “O meu médico não tinha o conhecimento adequado e não me preparou. Então pensei: ‘tenho de usar a minha plataforma, tudo o que tenho e quem sou para fazer a diferença na vida de outras mulheres'”, decidiu.

Foi assim que nasceu a plataforma Re-Spin, focada no bem-estar das mulheres na perimenopausa e na menopausa, lançada em Janeiro. E defende: “Este enfoque renovado na menopausa é necessário porque não afecta apenas todas as mulheres, mas todos os que conhecem uma mulher, são casados com uma mulher, trabalham com uma mulher, têm uma filha e, claro, uma mulher.”

Esta fase é tão importante na vida de uma mulher como a puberdade, que afecta directamente “mais de metade da população mundial”, insiste. O objectivo “é capacitar as mulheres para que abracem essa transição natural e se inspirem na beleza eterna que as acompanha”.

Ainda não é claro qual será o enfoque da plataforma que, para já, só partilha conteúdo informativo. Mas a aposta de Halle Berry, conhecida por filmes como Catwoman ou Depois do Ódio, não é uma novidade no universo das celebridades aA marca mais popular é a Goop, de Gwyneth Paltrow, que também tem apostado no segmento da menopausa, com as vitaminas Madame Ovary, destinadas a mulheres entre os 40 e os 60 anos. “Acho que a menopausa tem uma reputação muito má e precisa de uma reformulação de imagem”, justificou a actriz.

Gwyneth Paltrow, Cameron Diaz, Drew Barrymore e Demi Moore são também investidoras da Evernow, uma empresa que oferece consultas à distância para a menopausa e que entrega os medicamentos hormonais prescritos pelos médicos. O negócio já gerou mais de 28,5 milhões de dólares (26,4 milhões de euros), avança o El País.

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