Desde a inauguração, em Novembro do ano passado, os Passadiços do Mondego receberam cerca de 45 mil visitantes. “É talvez, neste momento, o maior ponto de atracção da nossa região”, sublinha Sérgio Costa, presidente da Câmara Municipal da Guarda, em declarações à agência Lusa. “E queremos que continue assim, durante muitos e bons anos.”
Segundo o autarca, já eram esperadas “muitas pessoas”. Mas o investimento realizado na promoção e divulgação dos Passadiços do Mondego, não só na região, como a nível nacional e em Espanha, fez com que o projecto fosse “divulgado também por toda a Europa, por contágio”. É “muito importante” que o município continue a promover a afirmação daquela infra-estrutura e da região, defende.
Quanto às expectativas de visitantes para a Páscoa, Primavera e Verão, Sérgio Costa afirma que são "altas", justificando que, no domingo passado, como “o tempo aqueceu um pouco”, “disparou por completo o número de visitantes”. Só naquele dia “mais de mil pessoas” visitaram o projecto, contabiliza.
"Estando a Guarda considerada como o Grande Destino Gastronómico do ano, tudo isto se deve associar para as pessoas poderem vir, poderem passear, fazerem as suas caminhadas nos Passadiços do Mondego, tirarem as suas fotografias, e deliciarem-se com os nossos belíssimos pratos regionais", acrescenta.
Os Passadiços do Mondego foram inaugurados a 6 de Novembro de 2022. Inicialmente o acesso era gratuito, mas segundo o autarca já está a ser cobrado um euro pela entrada.
"Este é um investimento fundamental para o turismo da Guarda e para toda a região”, afirmava Sérgio Costa durante a cerimónia inaugural. “Esta obra será a grande âncora regional para o turismo e para o lazer no nosso concelho e de todo o nosso território.”
Os Passadiços do Mondego estão integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO. Com um percurso pelas margens do rio Mondego e os seus afluentes de cerca 12 quilómetros, a estrutura começa junto à barragem do Caldeirão, estendendo-se depois pelo vale do Mondego, nos territórios das localidades de Trinta, Vila Soeiro e terminando já na montanha, em Videmonte.
"O percurso aproveita cinco quilómetros de caminhos já existentes e integra uma zona de sete quilómetros de travessias, passadiços e três pontes suspensas com paisagens de cortar a respiração e onde abundam as veredas, açudes, cascatas, levadas e moinhos", segundo o município da Guarda.
O seu itinerário compreende geossítios como o Miradouro do Mocho Real, escombreiras e cascalheiras do Alto Mondego e ainda os vestígios de património industrial de antigas fábricas e engenhos de lanifícios ou de produção de eletricidade (na aldeia de Trinta), "testemunhos de um passado ligado à indústria têxtil deste território, onde teve origem o afamado cobertor de papa".
Os Passadiços do Mondego representaram um investimento na ordem dos quatro milhões de euros, co-financiados em 85% por fundos europeus, no âmbito do Centro 2020, FEDER.