Passadiços do Mondego com quase mil pessoas por dia na primeira semana
Seis mil pessoas em sete dias. Passadiços do Mondego abriram ao público no dia 6 de Novembro e são já “uma aposta ganha”, defende autarca da Guarda.
“Em sete dias, visitaram os Passadiços do Mondego seis mil pessoas”, anunciou esta terça-feira o presidente da Câmara Municipal da Guarda. A afluência registada desde a inauguração, a 6 de Novembro, tem sido uma surpresa “pela positiva”, reconhece Sérgio Costa, acrescentando que, no primeiro fim-de-semana, cerca de “mil pessoas por dia” passaram pelo local.
Para o autarca, os números anunciados são “um sinal claro” de que o projecto “foi uma aposta ganha” e de que o plano de comunicação definido está a resultar. O objectivo é que “continuem a vir cada vez mais pessoas à Guarda” para passear pela passarela sobre o Mondego, mas também que “durmam uma ou duas noites” no concelho e que desfrutem da gastronomia e dos “bons vinhos” da região. “Desta forma, nós estamos a ajudar a alavancar a nossa economia através do turismo”, sublinha.
De acordo com o autarca, as entradas nos Passadiços do Mondego vão manter-se gratuitas nesta fase inicial, para que as pessoas “possam vir à vontade” e “conheçam” o local.
Inaugurados no dia 6 deste mês, os Passadiços do Mondego estão integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO. Ao longo de 12 quilómetros, percorrem as margens do rio que lhes dá nome e seus afluentes, arrancando junto à barragem do Caldeirão para atravessar parte do vale do Mondego e os territórios das localidades de Trinta e Vila Soeiro, terminando já na montanha, em Videmonte.
O percurso “aproveita cinco quilómetros de caminhos já existentes” e acrescenta uma zona de sete quilómetros de “travessias, passadiços e três pontes suspensas com paisagens de cortar a respiração”, onde abundam “veredas, açudes, cascatas, levadas e moinhos”, descreve o município. Do itinerário fazem parte geossítios como o Miradouro do Mocho Real, escombreiras e cascalheiras do Alto Mondego e ainda os vestígios de património industrial de antigas fábricas e engenhos de lanifícios ou de produção de eletcricidade (na aldeia de Trinta), “testemunhos de um passado ligado à indústria têxtil deste território, onde teve origem o afamado cobertor de papa”.
No discurso de inauguração, o autarca antevia “um antes e um depois dos Passadiços do Mondego”, defendendo que esta “será a grande âncora regional para o turismo e para o lazer no nosso concelho e de todo o nosso território”. A obra representa um investimento na ordem dos quatro milhões de euros, cofinanciados em 85% por fundos europeus, no âmbito do Centro 2020, FEDER.