A barbaridade de Marcelo e a linda solidariedade de Costa
Com o seu enorme nariz político, Costa farejou o problema: está em curso a descredibilização acelerada das intervenções do Presidente da República. E o primeiro-ministro sabe perfeitamente quem tem sido o grande amigo dos últimos anos.
Estava escrito nas estrelas: um dia, Marcelo Rebelo de Sousa iria afogar-se na interminável torrente das suas próprias palavras. Um dia – e esse dia já tem data: 11 de Outubro de 2022 –, o Comentador da República iria proferir uma tremenda barbaridade, que chocaria o país. É uma simples questão de estatística: quem nunca se cala, quem improvisa em permanência, quem comenta de manhã, à tarde e à noite, está sujeito a cometer grandes erros. Marcelo já cometeu vários desde 2016, mas nenhum tão grande e tão grave quanto dizer que cerca de 400 queixas de abusos de menores por parte de sacerdotes católicos “não é um número particularmente elevado”.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.