A crise do humanista Marcelo
Marcelo não se deu conta de que o seu afã de cultivar o seu estatuto de Presidente-Rei, eleito pela soberania popular e legitimado pela adoração dos súbditos, esgotou-se pelo exagero.
Em qual Marcelo se deve acreditar? No que, terça-feira, afirmou: “Haver 400 casos [de pedofilia na Igreja Católica] não me parece que seja particularmente elevado, porque noutros países com horizontes mais pequenos houve milhares de casos”? Ou no Marcelo que horas depois, numa nota da Presidência, esclareceu que esse número “não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo mundo”?
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