Noah Baumbach marcha sobre Veneza com esforço mas sem glória
O retrato duro e lírico de uma prostituta dos bosques, a China revelada em combustão lenta, o fascismo tal como veio ao mundo em Itália: Princess, Stonewalling e Marcia su Roma. No desafio que começou a ser o Festival de Veneza, as secções paralelas vão à frente da competição oficial, que abriu com White Noise, produção Netflix.
Muitas voltas deram as famílias dos filmes de Noah Baumbach desde o seu auspicioso A Lula e a Baleia (2005), mas ainda não se tinham abandonado ao território da extravaganza. É um passo que o cineasta assume mesmo no genérico final de White Noise, ao som dos LCD Soundsystem. E era só uma questão de tempo, porque tal passo vai sendo prometido ao longo da sátira que resulta da adaptação da obra homónima de Don deLillo, publicada em 1985. E foi assim que abriu esta quarta-feira a 79.ª edição do Festival de Veneza.
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