Nova operadora de transportes de Matosinhos só estará em pleno funcionamento em Maio

Empresa ViaMove veio substituir a Resende, alvo de críticas por má qualidade dos veículos, relatos de sucessivos atrasos ou falhas de carreiras.

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Empresa ViaMove veio substituir a Resende paulo pimenta

A nova operadora de transportes públicos de Matosinhos, que começou a actuar a 1 de Janeiro, só vai estar em “pleno funcionamento” em Maio, informou hoje o vereador dos Transportes e da Mobilidade.

À margem da reunião pública extraordinária do executivo municipal, José Pedro Rodrigues disse aos jornalistas que o prazo estabelecido para ter a operação em pleno era final de Março, mas não foi cumprido por “situações que inicialmente não estavam previstas”.

A empresa ViaMove, detida em 51% pelo Grupo Barraqueiro e em 49% pela Resende, substituiu a operadora Resende, cuja concessão terminou em Dezembro de 2018 por ser alvo de críticas por má qualidade dos veículos, relatos de sucessivos atrasos ou falhas de carreiras.

O novo operador assumiu as 22 linhas que estavam entregues à Resende, os cerca de 60 autocarros desta e está a funcionar nas suas instalações.

Para o não-cumprimento do prazo estipulado, o vereador da CDU explicou que a nova empresa só conseguiu contratar até ao momento 14 dos 30 motoristas necessários para melhorar o serviço e que a reconversão dos autocarros está a ser “profunda”.

“Trata-se de uma reconversão profunda, os autocarros que eram da Resende e passaram para a ViaMove não estão simplesmente a ser pintados”, frisou.

José Pedro Rodrigues adiantou que a ViaMove já comprou oito viaturas novas e semi-novas e reconverteu cerca de 12 a 15 autocarros da Resende.

Falando numa “meta ambiciosa” que não foi possível alcançar, o autarca disse, contudo, que já se notam algumas melhorias significativas.

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Utilizadores queixavam-se das más condições da empresa de transporte Hugo Santos / Publico

Já não andam a circular autocarros sujos, com portas que não abrem, pneus sem condições ou faróis partidos, exemplificou, acrescentando já terem sido corrigidas “pequenas situações”.

“Procuramos fazer muita coisa em pouco tempo, mas é preciso recordar que há 30 anos que não se fazia nada em matéria de transportes”, acrescentou.