Preocupado com o futuro da instituição, o director da Casa dos Marcos, centro de apoio aos doentes da Raríssimas, diz que o órgão de que faz parte está a ponderar a demissão. "É isso que estamos a ponderar. Provavelmente sim", respondeu esta quarta-feira Nuno Branco aos jornalistas, à porta da instituição, na Moita, em Setúbal. 

Na mesma manhã em que recebeu dois inspectores da Segurança Social, no âmbito da inspecção global ordenada pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, o director sublinhou que é importante não descurar o apoio aos 70 utentes que neste momento estão internados na Casa dos Marcos. 

Acusada de desviar dinheiro da Raríssimas para proveito pessoal, a presidente da instituição, Paula Brito e Costa, demitiu-se nesta segunda-feira do cargo que ocupava na instituição que fundou e onde trabalham ainda o marido e o filho.

O escândalo, revelado pela TVI numa reportagem emitida no passado sábado, levou também à demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que, na qualidade de consultor, recebeu cerca de 63 mil euros, entre 2013 e 2014, e que manteria uma relação pessoal com Paula Brito e Costa.