"Call centers" podem contactar pessoas até às 22 horas
Face aos muitos abusos cometidos pelos "call centers", na venda de produtos ou prestação de serviços, com contactos a horas pouco adequadas, o Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, um diploma que limita o horário de contacto entre as 9 e as 22 horas. Outro aspecto relevante para o consumidor é a proibição do consumidor esperar mais de 60 segundos após o atendimento da chamada e antes de chegar a um operador, uma vez que a partir desse momento é o consumidor que está a pagar a chamada.
Nos casos em que não for possível atender a chamadas em 60 segundos, deve ser disponibilizada uma forma de o consumidor deixar o seu contacto e identificar a finalidade da chamada, devendo ser contactado no prazo não superior a um dia útil.
Passa a ser proibido o reencaminhamento da chamada para outros números que impliquem custo adicional para o consumidor, salvo acordo expresso em contrário. Também não será permitida a divulgação de publicidade nos tempos de espera.
Acompanhamento das queixas no livro de reclamaçõesO Governo vai criar uma plataforma informática, gerida pela Direcção Geral do Consumidor, que vai permitir um controlo dos sucessivos passos das queixas inseridas nos livros de reclamações, que passou a ser obrigatório. Dessa forma agentes económicos e consumidores podem conhecer a evolução das queixas apresentadas. Esta plataforma vai melhorar o tratamento estatístico das reclamações.
Maior segurança nos espaços de jogos e recreioEste diploma reforça a segurança das crianças, nomeadamente em relação a equipamentos novos, como os insufláveis, trampolins e skates. Reforçam-se as condições de vigilância e a informação, quer em relação à idade dos utilizadores e eventuais riscos inerentes à utilização desses equipamentos.