O destino daqueles a quem a Europa fechou a porta

Vista geral dos velhos armazém que servem de casa a mais de mil migrantes, em Belgrado. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
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Vista geral dos velhos armazém que servem de casa a mais de mil migrantes, em Belgrado. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA

O fotojornalista português Paulo Nunes dos Santos passou uma semana em Belgrado na companhia dos mais de mil migrantes que se encontram retidos, há meses, na Sérvia, devido ao encerramento da "Rota dos Balcãs". As temperaturas negativas, a sobrelotação, a falta de condições sanitárias e a escassez de alimento fazem parte do quotidiano dos residentes dos três armazéns "de condições deploráveis", segundo descrição do fotógrafo que o P3 entrevistou. "As pessoas acendem fogueiras para se aquecerem, não existe outro modo, e para isso recorrem aos barrotes velhos da linha de comboio que existem nas proximidades. Esta madeira foi embebida em óleos e químicos para prevenir deterioração e quando é queimada liberta um fumo tóxico que arde nos olhos e se sente nos pulmões; as partículas no ar são visíveis a olho nu e o som de tosse é uma constante." A entrevista com o fotógrafo do colectivo CAPTA pode ser lida integralmente aqui.

Jovem migrante afegão à porta de um dos armazéns que ocupa nos arredores de Belgrado. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Grupo de migrantes socializa junto ao lume de uma fogueira que liberta resíduos tóxicos. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Grupo de migrantes socializa dentro de um dos armazéns. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Homem afegão lava-se com a água de uma garrafa que aqueceu junto a uma das fogueiras. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Vista geral do dormitório de um dos armazéns. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Migrante caminha junto a uma janela do armazém onde reside. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Abbas Khan é paquistanês e tem 21 anos. Reside num dos armazéns,há quatro meses. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA
Migrante caminha sobre um campo gelado junto aos armazéns, em Belgrado. Paulo Nunes dos Santos/CAPTA