O Quarto ao Lado, Wicked e outras estreias para esta semana
O regresso de Pedro Almodóvar e Leos Carax, dois cineastas de culto, ou um filme que nos transporta para o mundo mágico de Oz são algumas das razões para ir ao cinema esta semana.
Ingrid e Martha eram grandes amigas quando, ainda jovens, trabalhavam juntas numa revista. O tempo passou, cada uma tomou o seu rumo e nunca mais se viram. Mas a vida volta a juntá-las numa altura em que Martha enfrenta um cancro terminal e toma a difícil decisão de se suicidar antes que o sofrimento ganhe proporções insuportáveis. Lado a lado num momento particularmente delicado, mas empenhadas em transformar aqueles dias em algo positivo, elas vão criando novas memórias e recriando os laços que se tinham perdido no tempo.
Premiado com o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza e com assinatura de Pedro Almodóvar (que o Ípsilon entrevistou), um drama sobre a amizade, empatia e o direito à eutanásia que se inspira no livro What Are You Going Through, da autoria de Sigrid Nunez. Com Tilda Swinton e Julianne Moore como protagonistas, o elenco conta ainda com a participação de John Turturro e de Alessandro Nivola.
Críticas, salas e horários
O cineasta e crítico de cinema Leos Carax (aqui entrevistado pelo Ípsilon), cujo nome verdadeiro é Alex Christophe Dupont, nasceu em Suresnes, França, a 22 de Novembro de 1960. Iniciou-se nas curtas-metragens e como crítico de cinema antes de se estrear em longa-metragem com Boy Meets Girl - Paixões Cruzadas (1984), que lhe valeu o Prémio da Juventude no Festival de Cannes e uma nomeação para o César de melhor primeiro filme.
Mais tarde, foi reconhecido pela crítica por obras como Má Raça (1986), Os Amantes da Ponte Nova (1991), Pola X (1999), Holy Motors (2012) e, mais recentemente, pelo musical Annette (2021, Prémio de melhor realizador em Cannes).
C’est Pas Moi - Não Sou Eu é um filme-ensaio onde o cineasta nos fala sobre a sua vida e carreira, sobre o cinema (seu e o dos outros), o poder da imagem e como tudo isso o foi moldando, enquanto profissional e ser humano.
Críticas, salas e horários
A história é contada segundo a perspectiva de Elphaba, que mais tarde será conhecida como a Bruxa Má do Oeste, e Glinda, a futura Bruxa Boa do Sul. Muito antes da chegada da jovem Dorothy ao mundo de Oz, ficamos a conhecer as duas feiticeiras, quando, ainda raparigas, eram colegas de quarto na Universidade de Shiz. Apesar de um início de relação algo atribulado, as duas acabam por se tornar aliadas na luta contra a tirania do Feiticeiro de Oz.
Com realização de Jon M. Chu (Ao Ritmo de Washington Heights) e argumento escrito por Winnie Holzman e Dana Fox, esta é a primeira parte da versão cinematográfica do musical da Broadway criado por Stephen Schwartz.
Esse musical teve por base o célebre romance Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West, de Gregory Maguire que, por sua vez, dá nova voz a algumas das personagens que conhecemos em O Maravilhoso Feiticeiro de Oz, escrito por L. Frank Baum e ilustrado por W. W. Denslow em 1900.
Com as cantoras Cynthia Erivo e Ariana Grande a dar corpo e voz às protagonistas, no elenco encontramos também os actores Jonathan Bailey, Michelle Yeoh, Jeff Goldblum, Marissa Bode, Ethan Slater, Bowen Yang, Bronwyn James e Keala Settle.
Críticas, salas e horários
EUA, dia 31 de Outubro de 1977. Jack Delroy é famoso por apresentar um programa nocturno de difusão nacional. Outrora muito em voga, desde que Jack ficou viúvo que o programa tem vindo a perder audiências e popularidade.
Empenhado em recuperar o interesse dos telespectadores, Jack decide fazer uma noite especial de Halloween onde uma das entrevistadas é Lilly D’Abo, uma jovem aparentemente possuída pelo diabo. Essa decisão, muito questionada por todos os seus colegas, vai ter consequências dramáticas.
Realizado pelos irmãos Cameron e Colin Cairnes, um filme de terror ambientado numa América da década de 1970, que conta com as actuações de David Dastmalchian, Laura Gordon, Ian Bliss, Fayssal Bazzi, Ingrid Torelli, Rhys Auteri, Georgina Haig e Josh Quong Tart.
Críticas, salas e horários
Nascida em Berlim, em 1922, no seio de uma família judia, Stella Goldschlag sonhava tornar-se cantora de jazz. Contudo, com o avanço do domínio nazi, foi capturada, torturada e ameaçada pela Gestapo. Aos 21 anos, com a promessa da sua salvação e da família próxima, acede a colaborar com as autoridades e a denunciar centenas de judeus, posteriormente enviados para campos de concentração.
Com Paula Beer (protagonista de Frantz, Undine, Céu em Chamas, Nunca Deixes de Olhar ou Em Trânsito, obras importantes do cinema recente) no papel principal, este filme dramático dirigido por Kilian Riedhof questiona se ela terá sido verdadeiramente culpada ou apenas mais uma vítima das atrocidades da guerra.
O argumento, escrito por Riedhof, Jan Braren e Marc Blöbaum, resulta de anos de pesquisa, entrevistas a testemunhas e a especialistas sobre o Holocausto, assim como transcrições dos seus julgamentos, onde justificou os seus actos como forma de sobrevivência.
Presa em 1945 por colaborar com os nazis, Stella Goldschlag foi condenada a dez anos de trabalhos forçados, após os quais se converteu ao cristianismo e se tornou abertamente anti-semita. Morreu afogada (segundo algumas teorias, por suicídio) no dia 26 de Outubro de 1994, em Friburgo (Alemanha). Tinha 72 anos.
Críticas, salas e horários
A acção decorre num Portugal pré-histórico habitado por homens das cavernas que sobrevivem da caça, da pesca e da colheita de frutos. Aí vive o Faz-Coisas, um homem de espírito inventivo, mas constantemente frustrado pela resmungona Manda-Vir, a sua mulher, e por outros membros da sua tribo.
Depois de anos sem lhe ser dado o devido valor, acontece algo extraordinário na sua vida: um telemóvel deixado cair por um português do futuro acerta-lhe na cabeça. Esse evento vai causar um grande tumulto na vida do clã que, ao ouvir uma voz do outro lado do aparelho, se convence de que está perante uma entidade divina. Mas quando as outras tribos tomam conhecimento da sua capacidade de comunicar com os deuses, decidem apropriar-se do aparelho. E assim se dá início a uma guerra entre os nortenhos e os alentejanos que tomará proporções históricas.
Com realização de Gonçalo Oliveira e argumento de André Mateus, esta comédia conta com Dinarte de Freitas, João Seabra, Ana Malhoa, João Dantas e Miro Vemba.
Críticas, salas e horários
O Pai Natal tem um grande ídolo: o Super Pai Natal, uma personagem cinematográfica que vive mil e uma aventuras e se dedica a proteger os indefesos contra terríveis vilões. Sabendo disso, o elfo Leo, seu assistente e amigo, constrói-lhe um carro idêntico ao do seu herói, algo que o deixa extático. As coisas complicam-se quando o velho senhor, já dentro do veículo, bate acidentalmente com a cabeça e desmaia.
Ao despertar, julga ser o próprio Super Pai Natal, acelera a fundo e deixa o Pólo Norte em busca de aventuras e inimigos à altura. É assim que se cruza com Frank Fafnir, o dono de uma fábrica de brinquedos de qualidade duvidosa que quer enriquecer a qualquer custo e que é uma verdadeira ameaça à alegria das crianças.
Uma comédia de animação para toda a família com realização de Steve Majaury e Andrea Sebastiá.