Mãe e filho morreram sozinhos. As estórias que as paredes de um bairro envelhecido escondem
A história da mãe de 92 anos e do filho de 63 encontrados mortos em casa era vagamente conhecida pela vizinhança. Apesar da precariedade social, o caso não estava sinalizado pelos serviços sociais.
As conversas vão todas dar ao mesmo, ao princípio da tarde desta quarta-feira, no apertado espaço do café Cantinho da Aida, mesmo ao lado da passagem pedonal sobre a linha de caminho-de-ferro, no lisboeta Bairro Santos ao Rego, situado entre a Praça de Espanha e Entrecampos, nas Avenidas Novas. “Conhecia esse rapaz muito bem. Era da minha criação. Vinha aqui quase todas as noites depois do jantar, beber um copito. Era um tipo impecável e educado, apesar de pouco falador”, conta António Martins, de 77 anos, momentos antes de pegar no cálice de aguardente em cima do balcão de alumínio.
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