História da moda conta-se através de um século de malas na nova exposição do Colombo

Entre os modelos mais icónicos na exposição Carry Me destaca-se a 2.55 da Chanel ou a Lady Dior, que foi baptizada em homenagem à princesa Diana em 1995.

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A Lady Dior é uma das carteiras que estará em exposição no Colombo REUTERS/Sarah Meyssonnier
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São 50 carteiras dos últimos 100 anos que estão de mudança para o Centro Colombo, em Lisboa. A exposição Carry Me, patente a partir de 10 de Setembro, inclui algumas das mais icónicas da história da moda de etiquetas como Chanel, Dior, Gucci, Hermès, Jacquemus e Prada. É uma oportunidade para os fãs da moda verem de perto exemplares únicos popularizados por personalidades como Jackie Kennedy Onassis ou a princesa Diana.

A exposição, que conta com exemplares desde 1920 até à actualidade, chega a Lisboa vinda do Museu Ostergotlands, em Linköping, na Suécia, onde esteve nos últimos meses. Em Portugal, a mostra será de entrada livre até 25 de Outubro, sendo inaugurada na próxima terça-feira, 10 de Setembro, às 17h, num evento que contará com a presença do curador Alex Susanna e do criador português Valentim Quaresma.

Montada na praça central do centro comercial lisboeta, a exposição está organizada cronologicamente, explicam em comunicado. O primeiro bloco é dedicado ao período entre 1920 e 1940 sob o mote “Nova Mulher, Novas Ideias”, época de ouro de Coco Chanel na moda, num período de guerra em que a funcionalidade era palavra de ordem. No destaque seguinte, entre 1950 e 1960, vive-se o oposto com a chegada da exuberância do New Look de Christian Dior.

Seguem-se as décadas de 1970, “considerada a do mau gosto”, e de 1980, dos yuppies — termo por que eram conhecidos os jovens executivos consumidores do luxo nesta época. A exposição encerra com as últimas três décadas, que analisam como “a digitalização transformou o mundo”.

Entre as 50 carteiras da colecção destacam-se a Kelly da Hermès, que foi popularizada por Grace Kelly na década de 1950, de tal forma que passou a ser conhecida pelo nome da princesa do Mónaco. O mesmo se passou com a Jackie da Gucci, criada em 1961, que também fazia parte do uniforme habitual da então primeira-dama norte-americana.

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A 2.55 da Chanel é uma das malas mais reconhecidas do mundo Reuters/POOL

Está, ainda, exposta uma Lady Dior de 1996, ainda desenhada por Gianfranco Ferré antes da chegada de John Galliano à casa francesa. Tal como o nome denuncia, a pequena carteira foi baptizada em homenagem à princesa Diana, que a usou pela primeira vez em 1995, quando a então primeira-dama francesa Bernadette Chirac, mulher de Jacques Chirac, a ofereceu à princesa de Gales, ainda antes de o modelo ter sido oficialmente lançado.

Além da Lady Dior, a provavelmente mais reconhecida pelo público na exposição Carry Me será, certamente, a icónica 2.55 da Chanel, popularizada por Karl Lagerfeld. Há outros ícones mais recentes, como a Baguette da Fendi, usada pelas supermodelos dos anos 1990, ou a Chiquito de Jacquemus, uma tendência dos últimos anos. “Porque a moda também é arte, esta é uma experiência para todos os que se interessam pela história e evolução dos objectos que fazem parte do quotidiano e um convite para descobrir de que forma as malas reflectem as transformações culturais e sociais do último século”, declara a organização na nota de imprensa.

A exposição Carry Me enquadra-se o projecto A Arte Chegou ao Colombo (propriedade da Sonae, dona do PÚBLICO), que, desde 2011, já organizou exposições como Leonardo da Vinci – Experiência de Arte Imersiva ou 100 Anos de Nadir Afonso, visitadas por mais de um milhão de pessoas.

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