Rainha Camila surpreende ao usar a mala baptizada em homenagem à princesa Diana

A Lady Dior foi oferecida à princesa de Gales em 1995 pela então primeira-dama francesa e tornou-se a mala favorita de Diana.

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Carlos III e Camila à chegada ao País de Gales Reuters/Chris Jackson
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Foi a princesa Diana a baptizar um dos designs mais icónicos da Dior, uma pequena mala acolchoada que se viria a tornar a sua imagem de marca. Agora, quase 27 anos depois da morte da eterna princesa do povo, a rainha Camila usou uma Lady Dior para o torneio de Wimbledon e durante uma visita ao País de Gales, nesta semana. É uma pequena mala, mas poderá ser um sinal de que a rivalidade entre as duas é uma coisa do passado.

A mala de pele bege, que custa 5900 euros, foi combinada com um vestido com um estampado de girafas da Anna Valentine, uma das marcas favoritas de Camila, que esteve no camarote real de Wimbledon na quarta-feira. No dia seguinte, reutilizou a mesma opção para visitar o Parlamento galês, em Cardiff.

Mas a escolha da Lady Dior não agradou a toda a gente. “Camila com uma mala Lady Dior é um grande não para mim! Foi a princesa Diana que tornou a mala icónica”, critica uma utilizadora numa publicação de Instagram. Enquanto outros elogiam a originalidade do vestido estampado. “Ela parece feliz”, lê-se nos comentários.

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Camila a usar a Lady Dior no País de Gales Reuters/POOL

Esta terá sido a primeira vez que Camila, que usa frequentemente criadores e marcas britânicas, elegeu esta mala Dior, apesar de já ter vestido peças da maison francesa, como no banquete no Palácio de Versalhes, em Paris, na visita de Estado de Setembro de 2023.

A criação da pequena carteira recua até 1995, quando a então primeira-dama francesa, Bernadette Chirac, mulher de Jacques Chirac, a ofereceu à princesa de Gales, ainda antes de o modelo ter sido oficialmente lançado pela Dior.

Diana usou pela primeira vez a mala Chouchou, como se deveria ter chamado o modelo desenhado pelo então director criativo Gianfranco Ferré, para ir à exposição do pintor impressionista Paul Cézanne no Grand Palais, em Paris.

Quando, alguns meses depois, Diana voltou a aparecer com o mesmo modelo, a sair de um avião em Buenos Aires, na Argentina, a Dior decide baptizar o modelo de Lady Dior, em homenagem a Lady Di, como era conhecida a ex-mulher de Carlos.

A casa de moda chegou a fazer uma mala personalizada em 1996 para a princesa usar no Met Gala com o vestido de seda assinado por John Galliano — actualmente exposto no museu da maison, a Galerie Dior, em Paris. A mala em cetim azul-escuro foi feita para combinar com a cor dos olhos da princesa. Em 2022, a Dior replicou o mesmo modelo numa edição limitada de 200 exemplares.

A pequena carteira tornou-se um dos designs mais icónicos (quase tanto como o casaco Bar de Christian Dior) e duradouros da Dior. Todos os anos, a casa convida artistas para usarem a mala como tela para contar uma história. Em 2020, foi a vez de Joana Vasconcelos que iluminou a carteira com 300 lâmpadas LED em formato de coração para simbolizar o batimento cardíaco da Dior.

A portuguesa tem trabalhado com a Dior nos últimos anos e, em 2022, foi a autora do cenário para o desfile de Maria Grazia Chiuri na Semana da Moda de Paris, com uma Valquíria de 24 metros e mais de uma tonelada de peso. Depois, criou valquírias semelhantes para as montras das boutiques de todo o mundo. Na loja de Lisboa, que abriu em Novembro de 2023, está uma valquíria (como se chamam as esculturas têxteis da artista) permanente, bem como um painel de azulejos de Joana Vasconcelos.

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