Governo abre processos de indemnização pela morte dos cinco militares da GNR
Ministra da Administração Interna iniciou o procedimento que pretende seja “o mais célere possível”, garantindo que, no cumprimento da legalidade, “tudo se fará para que assim o seja”.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assinou, na noite de segunda-feira, o despacho que desencadeia a tramitação legal que conduz ao pagamento das indemnizações devidas aos familiares dos cinco militares da GNR que perderam a vida na queda de um helicóptero de combate a incêndios em Lamego, na sexta-feira passada.
Em comunicado enviado às redacções, o Governo revela que a ministra da Administração Interna iniciou "o procedimento que pretende seja o mais célere possível, sendo que, no cumprimento da legalidade, tudo se fará para que assim o seja".
"O Governo não esquece, nem poderia esquecer, quem deu a sua vida pelos outros, ao serviço da comunidade. Sendo certo que nada poderá compensar a perda de uma vida humana, há, porém, a determinação e garantia de prestar toda a ajuda e apoio às famílias das vítimas, que foram devastadas por tamanha tragédia", escreve o Governo.
"Portugal sabe, sempre, reconhecer o brio e a dedicação de todos aqueles que se alistam, ano após ano, para com o risco da própria vida, se colocarem ao serviço das forças de segurança para protegerem a nossa comunidade. Portugal prestou, assim, uma pública e sentida homenagem e reconhecimento colectivo, a estes cinco militares que deram a vida ao serviço da comunidade. É, agora, tempo de não esquecer as famílias que ficam e que precisam de toda a solidariedade e apoio que possa contribuir para que consigam, com a dignidade devida, prosseguir com a suas vidas mantendo sempre viva a memória de quem partiu fazendo jus à divisa da Guarda Nacional Republicana “pela lei e pela grei”". lê-se no comunicado.
O Ministério lembra que Margarida Blasco participou nos funerais dos cinco militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), com idades entre os 29 e os 45 anos, que morreram na passada sexta-feira, dia 30 de Setembro, na sequência da queda, no rio Douro, de um helicóptero onde seguiam militares da Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPS), que regressavam de uma operação de combate a um incêndio rural que lavrava em Baião. O piloto foi o único sobrevivente deste acidente, tendo já sido ouvido pelas entidades competentes que estão a investigar o acidente.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários tinha apontado para esta terça-feira a divulgação de um relatório preliminar.