Marcelo e Montenegro nos funerais dos militares da GNR que morreram em queda de helicóptero
Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro e José Pedro Aguiar-Branco vão estar presentes nas cerimónias fúnebres dos militares da GNR que morreram. CDS cancela agenda.
O presidente da República disse este domingo, 1 de Setembro, que estará presente nas cerimónias fúnebres dos cinco militares que morreram na queda de um helicóptero no rio Douro, em Lamego, e salientou a "abnegação e os sacrifícios" daqueles homens.
"Vou e sei que lá estará também o senhor presidente da Assembleia da República e o senhor primeiro-ministro e tentaremos ir hoje, o que não é muito fácil, a todas as cerimónias fúnebres, que são muitas e em locais distantes, e ainda àquela que se realiza amanhã", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em Aveiro, à margem do encerramento do Encontro Nacional da Juventude.
O chefe de Estado explicou que vai "apresentar às famílias e às comunidades (...) o pesar do povo português que compreende a importância do contributo daqueles militares, daqueles servidores de segurança, que estavam em missão, a missão não tinha terminado". "É um tipo de abnegação e sacríficos por todos nós", salientou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse não ter ainda falado com as famílias dos cinco militares da GNR que morreram, na sexta-feira, e que deixou esse momento para hoje: "Na altura em que fui, fui muito rápido ao posto de comando porque estavam em curso operações e eu não queria, obviamente, ter qualquer intervenção aí, as famílias ainda não tinham chegado e tinham situações muito diferentes, havia umas que ainda tinham muita esperança e outras já não tinham esperança."
CDS cancela agenda
O presidente do CDS-PP reafirmou este domingo o profundo pesar às famílias dos cinco militares da GNR que morreram. "O CDS-PP estará representado por Telmo Coreia e também pelo dirigente nacional Hélder Amaral, sendo que Telmo Correia ao mesmo tempo estará como governante. O CDS no Governo estará representado junto do senhor primeiro-ministro", anunciou à entrada AgroSemana - Feira Agrícola do Norte na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, cuja visita, tal como à Agrival em Penafiel, foi cancelada.
"Ambas as visitas foram canceladas, outra coisa não seria aceitável, o momento é de profunda dor, hoje acontecem os funerais dos militares da GNR que falecerem em circunstância de combate e serviço público, acho que este sinal de respeito é devido", anunciou.
Na sequência do incidente que vitimou cinco militares da GNR, os centristas tinham já anunciado que iriam adiar por 15 dias a sua rentrée política, cujo início estava agendada para este sábado.
Escusando-se a responder a qualquer questão sobre o Orçamento do Estado para 2025, o líder do CDS e Ministro da Defesa reafirmou o seu "profundo pesar", deixando mais uma vez uma palavra de gratidão aos operacionais que participaram nas buscas. "Mais uma vez, reafirmar o profundo pesar e sentimentos sinceros em relação à família destes militares que deram a vida a cumprir o serviço público. Também muita solidariedade à Guarda Nacional Republicana neste momento de dor e obviamente deixar aos operacionais de muitas entidades, coordenados pela Polícia Marítima, o meu agradecimento porque foram inexcedíveis", declarou.
O helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro na sexta-feira, 30 de Agosto, próximo da localidade de Samodães, Lamego, transportando um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPC) que regressavam de um fogo no concelho de Baião.
O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros. Ainda na sexta-feira foram localizados os corpos de quatro militares da GNR. O quinto foi localizado no sábado à tarde, depois de intensas buscas no local.
As causas do acidente ainda não são conhecidas. O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), organismo do Estado Português, tem uma equipa no terreno e que está a investigar o acidente.