Cauda do helicóptero acidentado retirada do rio Douro. Buscas terminadas

Apesar da violência do impacto no rio Douro, peça foi encontrada praticamente intacta. Cauda é fundamental para a investigação perceber detalhes do desastre.

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Mergulhadores da GNR recuperam destroços ESTELA SILVA / EPA
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As autoridades conseguiram recuperar do rio Douro a cauda do helicóptero de combate a incêndios que caiu na passada sexta-feira, 30 de Agosto. Cinco dos seis militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) que tripulavam a aeronave morreram no desastre, sobrevivendo apenas o piloto.

"Terminámos os trabalhos de hoje [terça-feira]. Retirámos imenso material pertencente à aeronave, incluindo a cauda, como estava previsto", adiantou Rui da Silva Lampreia, comandante da Polícia Marítima do Norte.

A perda de controlo sobre o helicóptero foi súbita, a queda a pique o embate na água muito violento. Apesar disso, a cauda foi encontrada praticamente intacta, sendo esta peça um elemento importante para a investigação perceber os detalhes do acidente.

As conclusões iniciais do relatório preliminar ao desastre devem ser conhecidas até ao final de quarta-feira, com os investigadores a tentarem decifrar as razões para o desastre. Entretanto, o partido Chega já fez saber que pedirá uma “auditoria completa e independente” à empresa responsável pela manutenção do helicóptero que caiu ao rio Douro e provocou a morte de cinco militares da GNR.

Ao contrário dos aviões, este tipo de aeronave não possui uma "caixa negra", mas tem um conjunto de sistemas electrónicos que grava os dados da actividade dos controlos da aeronave. Estes equipamentos foram recuperados, ficando por localizar o computador de navegação, uma tarefa dificultada pelas condições do rio em que aconteceu o desastre. Mesmo faltando isso, a investigação não deve ser afectada.

"Acreditamos que todo o material retirado do fundo do rio será suficiente para perceber e tentar apurar as causas deste trágico acidente", resume Rui da Silva Lampreia.

Cumprido o objectivo principal das buscas na zona dos destroços, o comandante da Polícia Marítima do Norte dá como finalizada a operação.

Fizemos um batimento do fundo com muito rigor. Todos os destroços que passaram por nós foram retirados. Face ao sucesso que tivemos na recuperação dos destroços dados como terminadas as buscas neste âmbito."

As cinco vítimas mortais tinham entre 29 e 45 anos, com o Governo a decretar um dia de luto nacional no passado sábado. Também a Câmara de Lamego decretou luto municipal após a tragédia.

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