Agora são os ABBA a queixar-se de Trump usar as suas canções na campanha

Ao longo dos anos, vários artistas, ou os seus representantes, opuseram-se a que a sua música fosse tocada em eventos do candidato republicano à Casa Branca.

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Os membros da banda sueca ABBA, na chegada a um concerto em Londres, em 2022 Henry Nicholls/Reuters/Arquivo
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Os membros do grupo sueco ABBA pediram ao candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, para parar de usar suas músicas e vídeos nos seus comícios de campanha, disse a produtora da banda na quinta-feira.

Os êxitos dos ABBA, incluindo The Winner Takes It All, Money, Money, Money e Dancing Queen, foram tocados num comício realizado por Trump e pelo seu companheiro de candidatura, JD Vance, a 27 de Julho, no Minnesota, acompanhados de vídeos, disse o diário sueco Svenska Dagbladet, que tinha um repórter no evento.

"Juntamente com os membros dos ABBA, descobrimos que foram divulgados vídeos em que a música dos ABBA foi utilizada em eventos do Trump e, por isso, solicitámos que essa utilização fosse imediatamente removida e retirada", declarou a editora discográfica da banda, Universal Music, num comunicado, acrescentando que não tinha sido concedida qualquer autorização ou licença à campanha de Trump.

Os membros da banda não quiseram fazer mais comentários, disse o seu representante à Reuters, acrescentando que apoiavam totalmente a declaração da Universal. Também a campanha de Trump não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Ao longo dos anos, vários artistas, ou os seus representantes, opuseram-se a que a sua música fosse tocada em eventos de Trump, incluindo o falecido cantor e guitarrista americano Tom Petty, a cantora e compositora britânica Adele e a banda de rock R.E.M.

Em Abril, a falecida cantora e activista irlandesa Sinéad O'Connor também exigiu que a campanha de Trump deixasse de utilizar a sua música. Recentemente, a cantora canadiana Celine Dion e a sua editora apresentaram, no início deste mês, uma queixa semelhante, classificando a utilização da sua actuação como "não autorizada". E já esta semana, os Foo Fighters anunciaram que vão exigir os direitos de autor a que têm direito e dá-los à campanha democrata.

Paralelamente, muitos têm sido os artistas que se associaram a Kamala Harris, autorizando-a a usar o seu trabalho nos comícios e campanha, de Beyoncé, que cedeu a sua canção Freedom, a Miley Cyrus, com Party in the USA. Quem ainda não se associou a nenhuma campanha até agora é Taylor Swift, apesar de Trump ter publicado na sua rede social uma imagem falsa do alegado apoio da cantora. Contudo, os seus fãs angariaram, nesta semana, 140 mil dólares para os democratas.