Céline Dion critica campanha de Trump por usar música de Titanic

Desde o ano passado que a campanha de Trump usou a canção de Dion em vários comícios. Contudo, só agora a canadiana e a sua equipa de gestão tomaram conhecimento.

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A cantora Céline Dion à porta do hote, em Paris, no final de Julho Gonzalo Fuentes/Reuters
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Quando a música My Heart Will Go On, da banda sonora do filme Titanic foi usada num comício da campanha Donald Trump em Montana, na passada sexta-feira, as redes sociais inundaram-se de piadas sobre o uso daquela música, já que é sobre o naufrágio do navio. Um dia depois, foi a vez de Céline Dion se pronunciar e emitir um comunicado, onde declara que o uso da música não foi autorizado e que termina com a mesma questão que se pôs à Internet: "A sério, essa canção?"

Segundo a CNN norte-americana, desde o ano passado que a campanha de Trump usou a canção de Dion em vários comícios. Contudo, segundo a nota da cantora canadiana e da sua equipa de gestão só tomaram conhecimento depois do comício em Bozeman, Montana.

"Hoje, a equipa de gestão de Céline Dion e a sua editora discográfica, Sony Music Entertainment Canada Inc., tomaram conhecimento do uso não autorizado do vídeo, gravação, performance musical e imagem de Céline Dion a cantar My Heart Will Go On num comício da campanha de Donald Trump/JD Vance em Montana", diz a nota publicada na conta da rede social X, antigo Twitter, da artista, bem como na sua conta de Instagram.

"De forma alguma este uso é autorizado, e Céline Dion não apoia este uso ou qualquer outro semelhante." O comunicado termina com a pergunta: "A sério, essa canção?" Esta, lançada em 1997, é uma balada romântica que o tema do filme Titanic, de James Cameron, tendo como protagonistas Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. My Heart Will Go On é um dos singles mais vendidos de todos os tempos.

Depois de conhecido o nome de Kamala Harris para candidata pelo Partido Democrata às eleições norte-americanas, Beyoncé deu luz verde a Kamala Harris para utilizar a música Freedom na sua campanha. Por oposição, Céline Dion — que há muito tinha a sua carreira suspensa por motivos de doença e voltou a um palco especial, em Paris, na Torre Eiffel, para fechar a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos com a canção de Piaf Hymne à L'Amour — faz parte de um grupo de artistas que se recusam a ter os seus nomes ligados à campanha do candidato do Partido Republicano.

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