7 momentos dos Jogos Olímpicos que a Internet não vai esquecer

Da polémica com Imane Khelif às águas poluídas do Sena, Paris 2024 foi rica em momentos para entreter as redes sociais.

Paris 2024 Olympics - Artistic Gymnastics - Women's Floor Exercise Victory Ceremony - Bercy Arena, Paris, France - August 05, 2024. Gold medallist Rebeca Andrade of Brazil celebrates on the podium with silver medallist Simone Biles of United States and bronze medallist Jordan Chiles of United States. REUTERS/Hannah Mckay TPX IMAGES OF THE DAY
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Simone Biles e Jordan Chiles fazem uma vénia a Rebeca Andrade Hannah Mckay/REUTERS
Turkish shooter Yusuf Dikec, who won the silver in the mixed team 10-meter air pistol event in Paris 2024 Olympics combined with Sevval Ilayda Tarhan, is pictured during a training in Ankara, Turkey, August 8, 2024. REUTERS/Cagla Gurdogan
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O turco Yusuf Dikec Cagla Gurdogan/REUTERS
Paris 2024 Olympics - Shooting - 25m Pistol Women's Qual. Precision - Chateauroux Shooting Centre, Deols, France - August 02, 2024. Yeji Kim of South Korea concentrates. REUTERS/Amr Alfiky
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Yeji Kim da Coreia do Sul Amr Alfiky/REUTERS
Paris 2024 Olympics - Boxing - Women's 66kg - Victory Ceremony - Roland-Garros Stadium, Paris, France - August 09, 2024. Gold medallist Imane Khelif of Algeria waves with her medal. REUTERS/Pilar Olivares
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Imane Khelif da Argélia conquistou ouro no boxe Pilar Olivares/Reuters
epa11527549 Ana Barbosu of Romania competes in the Women Floor Exercise final of the Artistic Gymnastics competitions in the Paris 2024 Olympic Games, at the Bercy Arena in Paris, France, 05 August 2024. EPA/CAROLINE BREHMAN
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A romena Ana Barbosu reconquistou a medalha de bronze para a sua prova de ginástica em solo CAROLINE BREHMAN/Reuters
O atleta português Vasco Vilaça (C) durante a prova de triatlo a contar para os Jogos Olímpicos de Paris, que decorrem na cidade entre 29 de julho e 11 de agosto, em Paris, França, 5 de Agosto de 2024. HUGO DELGADO/LUSA
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O atleta português Vasco Vilaça durante a prova de triatlo HUGO DELGADO/LUSA
Paris 2024 Olympics - Athletics - Men's Pole Vault Qualification - Stade de France, Saint-Denis, France - August 03, 2024. Anthony Ammirati of France reacts. REUTERS/Kai Pfaffenbach
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Anthony Ammirati de França Kai Pfaffenbach/REUTERS
Paris 2024 Olympics - Athletics - Men's Pole Vault Final - Stade de France, Saint-Denis, France - August 05, 2024. Armand Duplantis of Sweden next to the bell as he celebrates with his national flag after winning gold. REUTERS/Aleksandra Szmigiel TPX IMAGES OF THE DAY
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Armand Duplantis da Suécia ganhou ouro no salto com vara Aleksandra Szmigiel/Reuters
Paris 2024 Olympics - Handball - Women's Preliminary Round Group B - Brazil vs Angola - South Paris Arena 6, Paris, France - August 03, 2024. Tamires Araujo Frossard of Brazil in action with Albertina Kassoma of Angola, Juliana Machado of Angola and Natalia Fonseca of Angola REUTERS/Eloisa Lopez
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Tamires Araujo Frossard do Brasil em confronto com as angolanas Albertina Kassoma, Juliana Machado e Natalia Fonseca Eloisa Lopez/Reuters
epa11537699 Silver medallist Iuri Leitao of Portugal celebrates during the medals ceremony of the Men's Omnium at the Track Cycling competitions in the Paris 2024 Olympic Games, at Saint-Quentin-en-Yvelines Velodrome in Saint-Quentin-en-Yvelines, France, 08 August 2024. EPA/MARTIN DIVISEK
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Iúri Leitão de Portugal com prata, conquistaria ouro com Rui Oliveira, no sábado MARTIN DIVISEK/Reuters
Paris 2024 Olympics - Beach Volleyball - Women's Gold Medal Match - Brazil vs Canada (Ana Patricia/Duda vs Melissa/Brandie) - Eiffel Tower Stadium, Paris, France - August 09, 2024. Ana Patricia Silva Ramos of Brazil and Eduarda Santos Lisboa of Brazil celebrate after winning the gold REUTERS/Esa Alexander
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Duda e Ana Patricia, a dupla do vólei de praia brasileiro e chegou ao ouro Esa Alexander/Reuters
epa11540134 Raygun of Australia breaks during her B-Girls round robin group B battle at the Breaking competitions in the Paris 2024 Olympic Games, at the La Concorde in Paris, France, 09 August 2024. EPA/CAROLINE BLUMBERG
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Raygun da Austrália na nova modalidade de breaking, com zero pontos CAROLINE BLUMBERG/Reuters
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Foram duas semanas e milhares de provas de 32 modalidades protagonizadas por 10.500 atletas de 206 países. Os Jogos Olímpicos regressaram a Paris passados 100 anos, depois de ali terem sido criados pelo barão de Coubertin, no final do século XIX. O evento foi grandioso como prometia a organização e alimentou a Internet com milhares de memes e histórias insólitas, que, todavia, se esvaneciam no dia seguinte. Eis sete momentos que podem vir a ficar gravados na memória.

O contraste entre a sul-coreana e o turco

Foi o verdadeiro significado da expressão "do oito ao oitenta". O atleta de tiro turco tornou-se viral nas redes sociais depois de vencer a medalha de prata na prova de dez metros com pistola de ar sem quaisquer artifícios. Yusuf Dikec não usou os óculos próprios da modalidade, nem tapa-olho para auxiliar na mira, surpreendendo por atirar com os dois olhos abertos. Nem foi preciso recorrer aos habituais auscultadores para amortecer o som do tiro e minimizar as distracções — nos ouvidos, colocou apenas pequenos tampões. A completar: a tradicional mão no bolso para manter o equilíbrio.

Yusuf Dikec REUTERS/Cagla Gurdogan
Yeji Kim REUTERS/Amr Alfiky?
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Yusuf Dikec REUTERS/Cagla Gurdogan

O visual relaxado do turco de 51 anos, que venceu a primeira medalha para a Turquia naquela modalidade, contrastou com Kim Yeji, que competiu na prova feminina equivalente e venceu o ouro. Contudo, a sul-coreana levou uma parafernália futurista com uns óculos repletos de artilharia e o uniforme preto, como se de uma espia se tratasse, até pelos movimentos cinematográficos. À cintura um acessório a provar que a atleta era, afinal, humana: um elefante de peluche da filha de 5 anos. Na sexta-feira, já na Coreia do Sul, numa conferência de imprensa, a atleta perdeu os sentidos e foi levada para o hospital para observação. O treinador justificou que tal se deveu a "cansaço acumulado".

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Imane Khelif e Angela Carini REUTERS/Isabel Infantes

A pugilista argelina e a polémica sobre o sexo

A polémica com a pugilista argelina Imane Khelif atraiu atenção mediática durante parte dos Jogos Olímpicos, depois de a atleta italiana Angela Carini ter desistido do combate ao fim de 46 segundos, após levar um soco no nariz, que classificou de injustiça. A Internet encheu-se de uma onda de insultos, desinformação e transfobia, sugerindo que a argelina seria “um homem” e não devia participar no torneio olímpico de boxe feminino — no qual conquistou a medalha de ouro, na sexta-feira.

Khelif tinha sido desclassificada do campeonato do mundo de boxe em 2023 pela Associação Internacional de Boxe (IBA, na sigla inglesa), quando o presidente da associação, Umar Kremlev, disse que, após terem realizado exames à atleta “ficou comprovado que possui cromossomas XY”, mas nunca foram divulgados detalhes sobre esses exames. Aliás, o Comité Olímpico Internacional (COI) não reconhece a IBA, uma associação com raízes na Rússia, que está banida de Paris 2024.

O COI veio defender Imane Khelif e garantir a sua continuidade nas provas de boxe feminino e lembrou que a existência de cromossomas XY não determina por si só que uma pessoa é um “homem”, como Kremlev classificou Khelif, podendo em alguns casos ser explicada por patologias como a síndrome de Swyer, tal como a presença de elevados níveis de testosterona pode estar ligada à síndrome do ovário poliquístico.

O escândalo com Khelif, que teve de gritar aos jornalistas “Sou mulher!”, levantou um debate social sobre os papéis de género no desporto e como se confirma a elegibilidade sexual desportiva. Foram recordados outros casos, como o da sul-africana Caster Semenya, campeã olímpica em 2012 e 2016, que foi impedida de correr pelos elevados níveis de testosterona. No pódio, Khelif emocionou-se e chorou.

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O brasileiro Gabriel Medina nas ondas do Taiti EPA/FAZRY ISMAIL

Dois brasileiros, duas fotografias inesquecíveis

A fotografia do surfista brasileiro Gabriel Medina correu mundo. Na imagem, o tricampeão mundial de surf parece estar a levitar numa nuvem com o dedo apontado ao céu. O momento foi captado pelo fotógrafo Jérôme Brouillet, da agência France-Presse, no final da terceira ronda do torneio masculino de surf no recife de Teahupo'o, no Taiti.

O fotojornalista contou que estava preparado para captar o momento assim que o surfista saísse do interior da onda. Enviou as fotografias para agência sem se aperceber do que tinha captado, até a imagem se tornar viral. “Consegui a fotografia do dia, estava com seis fotógrafos talentosos no barco e de certeza que o mundo se vai esquecer disso na próxima semana”, declarou ao The Guardian. Mas o mundo ainda não esqueceu.

Na segunda semana de Jogos, outra fotografia correu o mundo: a brasileira Rebeca Andrade a ser reverenciada por Simone Biles e Jordan Chiles dos EUA. Na imagem, divulgada pelas agências de notícias, as duas americanas estão de joelhos com a ginasta brasileira no topo do pódio, depois de vencer o ouro no solo. A imagem é icónica por revelar a admiração e o respeito que as atletas sentem umas pelas outras, mas também por ser um pódio composto por três mulheres negras, algo raro num desporto que durante décadas foi dominado pelas jovens atletas da Europa de Leste.

@portalnationpop Isso foi de partir o coração ?? - Ana Barbosu, da Romênia, percebendo que saiu do pódio da final do solo após revisão da nota de Jordan Chiles, dos EUA. A romena estava em terceiro lugar, mas viu a nota da adverária subir para 13.766, enquanto a dela foi de 13.700. ?? reprodução - X/Twitter #anabarbosu #jordanchiles #romênia #usa #paris2024 #olímpiadas ? Love by Grace - Lara Fabian

Cinco dias depois, o Tribunal Arbitral do Desporto deu razão ao Comité Olímpico da Roménia e a medalha de bronze foi atribuída a Ana Barbosu que, no dia, começou a festejar ao ver o seu nome no placard, antes de os árbitros decidirem a favor de Jordan Chiles dos EUA. Rebeca Andrade é a maior medalhista do Brasil nos Jogos Olímpicos, com seis pódios; já Simone Biles é a ginasta mais premiada de sempre com 11 medalhas olímpicas.

Nadar no rio Sena sem ficar doente?

Foi um tema que dominou Paris 2024: estaria o rio Sena pronto para as provas? Antes dos Jogos, o governo gaulês e as autoridades parisienses investiram 1,4 mil milhões de euros para tornar o emblemático rio e o seu principal afluente, o Marne, com águas próprias para os banhos, que afirmavam ser um “legado” a deixar aos residentes da capital francesa.

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A nadadora Angelica André durante a prova de Natação de 10km em águas abertas JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O investimento foi um fracasso e, logo na primeira semana e depois do dilúvio que se abateu sobre a cidade, durante a cerimónia de abertura, a prova de triatlo masculina foi adiada por terem sido encontradas duas bactérias na água. A E. coli, habitualmente encontrada no intestino grosso dos humanos, pode causar doenças graves, apresentando como sintomas cólicas abdominais, diarreia, febre e vómitos. Já a Enterococcus faecalis, é uma bactéria fecal comum, também frequentemente usada como indicador da qualidade da água em piscinas e praias públicas.

Mais tarde, os testes foram positivos e realizaram-se várias provas no Sena, incluindo o triatlo e a natação em águas abertas. Contudo, os resultados não foram os esperados. O atleta português Vasco Vilaça desenvolveu uma infecção gastrointestinal depois da prova de estafetas mista na segunda-feira, 5 de Agosto, tal como Melanie Santos, confirmou o Comité Olímpico Português (COP). No mesmo dia, a triatleta belga Claire Michel foi diagnosticada com a bactéria E.coli.

Na quinta-feira, 8 de Agosto, foi a vez da nadadora portuguesa Angélica André nadar no Sena, perante o risco iminente de infecções gastrointestinais, por ser difícil evitar beber água durante as provas. “Tomámos as precauções necessárias. Bebi muita água, espero não apanhar nada. É esperar para ver”, assinalou a nadadora, que conquistou o 12.º lugar, a melhor classificação portuguesa de sempre na maratona aquática.

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Anthony Ammirati no salto com vara REUTERS/Fabrizio Bensch

Do pénis francês ao recorde sueco no salto com vara

Anthony Ammirati tramou-se a si próprio. O saltador com vara francês foi eliminado quando derrubou a trave com uma parte inusitada do corpo: o seu pénis. Na parte da queda do salto, o órgão do atleta de 21 anos roçou na vara e derrubou-a. Foi o fim do percurso nos Jogos Olímpicos de Paris, mas pode ter sido o início de outra carreira.

As imagens tornaram-se virais nas redes sociais e não demorou até que Daryn Parker, vice-presidente do site de conteúdos pornográficos CamSoda, oferecesse 250 mil dólares (228 mil euros) ao francês para trabalhar com a plataforma, detalhou numa carta enviada ao site de celebridades TMZ. “Como um amante de actividades focadas na virilha, gostava de oferecer a Anthony até 250 mil dólares para exibir os dotes numa transmissão ao vivo na nossa plataforma. Acreditamos que o seu talento deve ser recompensado para além do âmbito desportivo”, escreveu.

O incidente de Anthony Ammirati gerou reacções no mundo do desporto, com a antiga tenista Rennae Stubbs, que foi treinadora de Serena Williams, a deixar um conselho. “Quando o teu desporto se resume a colocar o teu corpo por cima de uma barra e é uma questão de milímetros! Meu amigo! Chama uma drag queen! Ela ensina-te a fazer a dobragem!”, escreveu a australiana no X. Certo é que graças à polémica, o atleta se tornou um fenómeno das redes sociais e passou dos 8400 seguidores para 259 mil em menos de uma semana.

Também o norte-americano Armand Duplantis, que compete com as cores da Suécia, viralizou nas redes depois de bater o recorde mundial do salto com vara com 6,25m. Desde Fevereiro de 2020 que o sueco tem o recorde na modalidade, então 6,17m, ao qual acrescentou mais oito centímetros, depois de já ter conquistado a medalha de ouro e de ter terminado a prova. Depois de bater o recorde, Duplantis, 24 anos, correu para as bancadas para beijar a namorada, a modelo sueca Desiré Inglander, de 23 anos. Uma imagem que sensibilizou os internautas.

O famoso fair-play ou a solidariedade entre atletas

Ao longo das semanas e em várias provas, o público testemunhou que os atletas estão prontos para competir, mas também disponíveis para apoiar e ajudar os outros. Logo no início das provas femeninas de atletismo, Silina Pha Aphay, a velocista do Laos foi em auxílio da atleta do Sudão do Sul, Lucia Moris, depois de esta ter caído e não ter completado a prova. Ficou com ela até o socorro chegar.

No dia seguinte, 3 de Agosto, no andebol feminino, decorria o jogo entre o Brasil e Angola quando Albertina Kassoma se lesionou no joelho e não se conseguia mexer. A capitã da equipa angolana ainda se tentou levantar, mas sem sucesso e a brasileira Tamires Araujo Frossard, que de início pensou que não era nada de grave, aproximou-se, pegou na companheira ao colo, e carregou-a para fora do campo. "Não podia deixar de a ajudar", declarou. Ambas jogam profissionalmente na Roménia, em equipas rivais, diz o site dos Jogos.

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Tamires Araujo Frossard leva ao colo a atleta Albertina Kassoma Bernadett Szabo/Reuters

Também, na quinta-feira, o português Iúri Leitão preferiu abdicar da possível medalha de ouro, abrandando na prova de ciclismo de pista para confirmar que o rival francês estava bem, acabando por ser aquele a conquistar o primeiro lugar do pódio. “Fiz questão de saber que ele estava bem e que poderíamos discutir o ouro de forma justa. Ele teve um azar. Seria injusto ele perder o ouro daquela forma. Quis ter a certeza de que ele voltava e que estava bem. Na minha consciência fiquei aliviado quando soube que ele estava ok e poderíamos continuar a nossa batalha. Foi o mais justo”, disse o português que no sábado conquistou com Rui Oliveira ouro para Portugal no ciclismo de pista.

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O português Iúri Leitão no ciclismo de pista Matthew Childs/Reuters

Já na final do vólei de praia feminino, na sexta-feira, as jogadoras do Brasil e do Canadá desentenderam-se e iniciaram uma discussão que nem o juiz conseguiu travar, até que o DJ de serviço pôs a canção Imagine, de John Lennon — que se tornou um hino dos Jogos —, fazendo-se ouvir por todo o recinto, contribuindo para acalmar os ânimos. As atletas sorriram, bateram palmas, nas bancadas os espectadores cantaram e o jogo retomou. O Brasil conquistou a medalha de ouro e o Canadá a de prata.

Breaking, uma piada na Internet

A escolha do breaking como modalidade olímpica não foi consensual, este é um estilo de dança acrobática que terá sido incorporado, nos Jogos deste ano, pela primeira vez, como forma de tentar atrair os espectadores mais jovens. Aliás, na sexta-feira, coube ao artista norte-americano Snoop Dogg apresentar a competição, não sem antes ter mostrado alguns dos seus movimentos de break.

Portugal marcou presença com Vanessa Marina, 32 anos, que teve três derrotas em três batalhas, não chegando aos quartos-de-final. Mas não é esta b-girl, que conquistou o terceiro lugar no campeonato europeu de 2022 da modalidade, que se tornou viral nas redes sociais, mas sim a concorrente australiana Raygun, o nome de guerra de Rachael Gunn, 36 anos. Com o uniforme olímpico com as cores australianas, a professora universitária com um doutoramento em Estudos Culturais precisamente sobre este tipo de dança, teve o mesmo resultado que a portuguesa: três derrotas em três batalhas, incluindo com a francesa Syssy, de 16 anos.

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A B-Girl Vanessa Marina, durante a sua eliminatória da prova de Breaking JOSÉ SENA GOULÃO/Lusa

Reconhecendo que não podia competir a nível atlético com os seus truques, rotações e movimentos de força, tentou ser mais criativa e a Internet não perdoou. Ouvida pelo The Guardian, Raygun não se revela preocupada com os múltiplos comentários e vídeos partilhados com a sua performance e justifica: "Fui sempre vítima de injustiças e queria deixar a minha marca de uma forma diferente."

Coube à dançarina Ayumi Fukushima, 41 anos, conquistar o ouro. Conhecida por Ami Yuasa, a japonesa pode ser a primeira e única campeã olímpica da modalidade, já que esta foi descartada para a próxima edição, em Los Angeles, daqui a quatro anos.

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