Os momentos (e os atletas olímpicos) mais icónicos da primeira semana de Paris 2024
Com ou sem medalha, estes atletas ganharam a atenção da primeira semana dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Os Jogos Olímpicos de Paris começaram a 26 de Julho e já muitas medalhas foram entregues, inclusive a de bronze à judoca Patrícia Sampaio. Mas, fora dos pódios, há muitas histórias que se destacaram. Uma atiradora grávida, um surfista voador e memes hilariantes dos atletas de tiro roubaram os holofotes da primeira semana dos Jogos. Conhece-os:
A esgrimista a grávida
Nada Hafez, esgrimista egípcia, chegou apenas à segunda ronda da competição de sabre. Ainda assim, a atiradora de 26 anos fez furor. Depois de ser eliminada nos oitavos-de-final da prova de sabre, Hafez recorreu às redes sociais para partilhar que participou acompanhada.
"O que vos pareceu serem dois jogadores na pista, na verdade, eram três! Eu, a minha adversária e o meu pequeno bebé ainda por vir ao nosso mundo", escreveu. A atleta competiu em Paris grávida de sete meses.
Antes de ser eliminada pela sul-coreana Jeon Ha-Young no Grand Palais, a esgrimista ainda conseguiu vencer a americana Elizabeth Tartakovsky. Nada Hafez assumiu que competir nos Jogos grávida foi uma "montanha-russa, embora tenha valido a pena".
O surfista que levita
Gabriel Medina, tricampeão mundial de surf, apurou-se para os quartos-de-final da modalidade que está a decorrer em Teahupo'o, no Taiti, ao derrotar o japonês Kanoa Igarashi com a pontuação histórica de 9,90 em 10. Mas uma fotografia do momento também ficará para a história: Jérôme Brouillet fotografou o surfista suspenso, no meio do mar, a apontar para o céu (o festejo que faz comummente) e conseguiu o "ouro" fotográfico dos Jogos de Paris.
Gabriel Medina continua em competição e já avançou para a semifinal.
E a medalha de ouro do estilo vai para...
Yusuf Dikec. O atleta de tiro turco conseguiu a medalha de prata na prova de 10 metros com pistola de ar, a primeira do país nesta modalidade.
Dikec competiu sem óculos próprios da modalidade, apenas com os que usa diariamente, sem tapa-olhos para auxiliar na mira (aliás, até atirou com os dois olhos abertos) e até mesmo sem grandes auscultadores para amortecer o som do tiro e minimizar as distracções, usou apenas tampões pequenos. A mão no bolso, que na verdade é prática comum na modalidade para auxiliar no equilíbrio, foi a cereja no topo do bolo para o visual relaxado do medalhista.
Com 51 anos, Yusuf apareceu na final olímpica como qualquer um de nós sairia de casa num dia normal. E isso conquistou-nos.
Do oito ao oitenta
Se Yusuf conquistou pela sua descontracção e normalidade, já Kim Yeji, a sul-coreana que competiu na prova feminina de 10 metros com pistola de ar, chamou à atenção pela parafernália futurista e os close ups cinematográficos. Kim Yeji, assim como Yusuf, conseguiu a "prata", mas roubou os holofotes ao "ouro", Oh Ye Jin.
Yeji usou uns óculos complexos e vestiu-se de preto, a lembrar o Matrix (1999). Para além disso, levou um elefante de peluche agarrado à cintura, um pertence da filha de cinco anos feito amuleto da sorte.
O regresso da melhor do mundo
Simone Biles foge à regra. Às vezes, a atenção recebe medalhas e a ginasta vai na sua segunda em Paris, a nona no total. Voltou a ginasta que conquistou o Rio de Janeiro em 2016, depois de um interregno iniciado em Tóquio 2020 por motivos de saúde mental.
Com todos os olhos colados no seu regresso, Simone conquistou o público e o júri, conseguindo o tão desejado "ouro" nas provas de all-around em equipa e individual. Filipa Martins chegou à final, um marco histórico para a ginástica portuguesa.
Para receber a medalha de ouro, Simone usou um colar com uma cabra, fazendo o trocadilho com a expressão inglesa GOAT ("greateast of all time", ou "melhor de todos os tempos", em português).
Ainda há tempo para surgirem mais figuras memoráveis e momentos históricos. Os Jogos Olímpicos só terminam a 11 de Agosto.