Duas regatas e um salto para Portugal subir ao pódio em Paris 2024

Dupla João Ribeiro e Messias Baptista, na canoagem, e Pedro Pichardo, no atletismo, procuram medalhas nesta sexta-feira.

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João Ribeiro e Messias Baptista a competir nos Jogos de Paris 2024 JOS?? SENA GOUL??O / LUSA
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Primeiro as meias-finais, pelas 11h10 locais (10h10 em Lisboa) e, caso se confirme o favoritismo dos canoístas João Ribeiro e Messias Baptista, a procura da ansiada medalha na final, agendada para as 13h30 (12h30) no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, a cerca de 40 quilómetros de Paris. Mais tarde será a vez de Pedro Pichardo lutar no Stade de France por uma medalha no triplo salto, modalidade em que defende o título olímpico. Será uma sexta-feira repleta de emoções e de esperanças para o desporto português.

“Tínhamos o objectivo de passar directo às meias-finais (é menos uma prova que temos de fazer à tarde) e entrar com o pé direito. Acho que fizemos uma boa regata e vamos ver onde podemos melhorar, sabendo que na meia-final e na final tudo pode mudar”, adiantou João Ribeiro, após a vitória no K2 500 metros na primeira vez que entraram na água nestes Jogos, quarta-feira.

Também em declarações à RTP, Messias Baptista confirmou as altas ambições: “Viemos para aqui como campeões do mundo e claro que a expectativa está alta. A primeira prova é sempre a mais difícil, é o primeiro impacto, mas fizemos uma boa prova e sexta-feira estaremos cá novamente a lutar pela final.”

O K2 luso obteve o passaporte direto para as meias-finais, depois de ter terminado a primeira eliminatória no segundo lugar, em 1m28,10s, superados apenas pelos alemães Jabob Schopf e Max Lemke (1m28,03s).

A dupla portuguesa soube gerir a prova até ao final, controlando os adversários e garantindo um dos dois primeiros lugares de acesso directo às meias-finais e evitar uma prova extra, os quartos-de-final.

Os canoístas lusos já tinham afirmado à partida de Lisboa não existir pressão por serem campeões do mundo, mas sim um privilégio, salientando a ambição de quererem deixar felizes aqueles que sempre os apoiaram.

João Ribeiro, de 34 anos, está pela terceira vez nos Jogos Olímpicos e vê na possibilidade de Portugal conquistar uma medalha de ouro fora do atletismo, uma motivação extra. Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, João Ribeiro esteve muito perto de conquistar uma medalha, mas acabou por ser quarto no K2 1000 metros, ao lado de Emanuel Silva.

No Stade de France, às 20h13 (menos uma hora em Portugal), Pedro Pichardo vai disputar a final do triplo salto. O campeão olímpico em Tóquio 2020 e vice-campeão europeu em Roma, este ano, qualificou-se nas eliminatórias com um único salto na sua primeira tentativa com 17,44m, o melhor da sessão – em Tóquio, qualificou-se para a final com um segundo salto, a 17,71m.

Os seus principais adversários também se apuraram logo na primeira tentativa: o espanhol Jordan Diaz, com 17,24m, o norte-americano Salif Mané e o burquinense Hughes Fabrice-Zango, ambos com 17,16m.

Em Tóquio, Pichardo venceu com 17,98 metros e, em Junho, em Roma, fez 18,04 metros. E Diaz adiantou que para se conquistar o ouro em Paris será preciso ultrapassar os 18 metros, ele que se sagrou campeão europeu com 18,18 metros.

Ao contrário dos rivais, Pichardo não quis falar, guardando eventuais comentários para depois da final. Até lá, manter-se-á a expectativa do atleta conseguir alcançar um feito inédito no desporto português, ao revalidar o título olímpico.

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