Primas de Gal Costa acusam viúva de a coagir e querem que justiça valide testamento de 1997

Duas primas da cantora brasileira acusam Wilma Petrillo de a ter coagido a revogar documento de 1997. E pedem reconhecimento da validade do testamento que previa uma fundação gerida por primas de Gal.

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Gal Costa morreu com 77 anos, em Novembro de 2022 MIGUEL VIDAL/REUTERS
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Duas primas de Gal Costa avançaram com um processo judicial em São Paulo para tentar que um testamento redigido em 1997 tenha validade jurídica. As primas argumentam que a cantora terá sido coagida em 2019 pela agora viúva, Wilma Petrillo, a revogar o documento.

De acordo com a imprensa brasileira, Verônica e Priscila Silva dizem que o testamento previa que as primas de Gal Costa teriam a cargo a Fundação Gal Costa, que seria criada com o património da cantora após a sua morte. E acusam de manipulação Wilma Petrillo, empresária que viveu com a cantora durante 20 anos e conseguiu ver reconhecida uma união estável com Gal Costa – o que lhe deu direito a 50% do património, partilhado com o filho adoptivo de Gal, Gabriel Costa.

As primas dizem que a “conduta” de Wilma Petrillo “sempre foi de manipulação”, escreve o Globo. “Seja em relação a sua carreira, seu património, sua família, funcionários e amigos e além de todos que com ela se relacionavam”, cita o jornal.

A acção judicial de Verônica e Priscila Silva junta-se ao processo avançado em Fevereiro por Gabriel Costa contra Wilma Petrillo. Desde que atingiu a maioridade, Gabriel tem procurado s reconhecido como o único herdeiro de Gal Costa, pedindo a nulidade de um documento por si assinado em que confirmava que Wilma Petrillo viva com Gal como se fossem casadas.

O jovem de 18 anos diz que só assinou a carta por ter sido coagido por Wilma, temendo represálias numa altura em que ainda vivia com a viúva. Segundo o portal G1, Gabriel considera Wilma sua madrinha, por quem tem “grande estima e consideração”, embora esteja consciente “da manipulação psicológica e da coacção exercida” desde a morte de Gal Costa, em Novembro de 2022.

Além do pedido de nulidade do documento, o filho de Gal Costa pediu também a exumação do corpo da cantora, levantando dúvidas sobre a causa da morte presente no atestado de óbito.

No processo agora avançado, as primas também fazem referência ao submetido por Gabriel Costa, acusando ainda Petrillo de isolar Gal Costa de amigos e familiares.

Segundo o processo movido pelas familiares, citado pelo Globo, a Fundação seria sem fins lucrativos e teria como objectivo a “formação de músicos” e outros artistas, bem como a promoção de festivais, concursos e a concessão de bolsas de estudo para pessoas carenciadas. A Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura seria gerida por cinco primas de Gal.

O diário brasileiro refere ainda que a decisão de avançar com uma fundação surgiu quando Gal Costa ainda não tinha herdeiros e não saberia o que aconteceria ao seu património. Em 2019, data da revogação do tal testamento de 1997, numa altura em que já tinha Gabriel Costa como herdeiro legítimo.

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