Em 1949, o espaço verde que rodeava o Castelo Keukenhof, em Bollenstreek, nos Países Baixos, de uma natureza intocável era usado para caça e recolha de ervas silvestres para a cozinha real. Vem daí o nome Keukenhof (hortas) que ainda hoje, 75 anos depois, serve para designar o chamado Jardim da Europa, sem dúvida uma das maiores exposições europeias de flores e que abre as suas portas a 21 de Março, exactamente 75 anos após a sua fundação.

Durante quase oito semanas, são esperados mais de 1,4 milhões de visitantes nesta montra internacional independente do sector de floricultura holandesa com ênfase em bolbos de flores.

"Nada disto foi fácil", exulta a organização de uma exposição que se espalha por 32 dos 250 hectares da propriedade, cujo castelo foi erigido em 1641 por um rico comerciante de Amesterdão.

O jardim paisagístico inglês foi projectado em 1857 por Jan David Zocher, arquitecto paisagista que lançou as bases para o actual Parque Keukenhof, hoje uma enorme montra — redesenhada anualmente — para cerca de 600 produtores e fornecedores de bolbos, flores e plantas.

Os 40 jardineiros de Keukenhof plantam anualmente 7 milhões de bolbos de flores no gigantesco parque. Depois de terminada a estação, estes são desenterrados permitindo o ciclo de plantio de Outono, floração de Primavera e colheita de Verão para começar tudo de novo. São utilizadas 1600 variedades de bolbos, das quais 800 variedades de tulipas.