Manifestação Vida Justa: “Fartos de escolher entre pagar a renda ou comer”

Milhares de pessoas pedem melhores salários e rendas mais baixas, numa marcha que partiu do Rossio em direcção à Assembleia da República.

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A manifestação partiu do Rossio em direcção à Assembleia da República Matilde Fieschi
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Arrancou esta tarde em Lisboa a manifestação convocada pelo movimento Vida Justa, que nasceu no ano passado nos bairros da periferia de Lisboa. Com a habitação à cabeça, milhares de manifestantes exigem uma melhoria das condições de vida da população porque, como assinala um dos muitos cartazes que se vêem no protesto, as pessoas estão "fartas de escolher entre pagar a renda ou comer".

À semelhança da manifestação de 30 de Setembro, há vários grupos que se juntam ao protesto, incluindo o Movimento Referendo pela Habitação, Porta a Porta, Frente Anti Racista, sindicatos de professores (Fenprof incluída), MAS, activistas climáticos e representantes do Bloco de Esquerda, com Mariana Mortágua a marcar presença. Há também muitas pessoas com bandeiras da Palestina e um grande estandarte a exigir "Palestina Livre".

A manifestação partiu do Rossio cerca de meia hora depois da hora marcada, seguindo em direcção à Assembleia da República, onde haverá intervenções por parte dos organizadores do protesto.

A adesão parece ser menor do que a da manifestação "Casa para Viver, Planeta para Habitar", mas a marcha segue animada, com música vinda de uma coluna numa carrinha de caixa aberta, grupos de percussão e gritos de guerra.

"Seguimos como? Seguimos fortes! Somos como? Somos fortes!", ouve-se na Rua do Ouro, já totalmente ocupada pela marcha.

"Nu sta djunto, nu sta forti", o grito marca o passo e os tambores acompanham. Entre as reivindicações dos manifestantes está a exigência de melhores salários, de rendas mais baixas e de uma "vida justa".

Vários elementos das forças de segurança, incluindo polícia de choque, acompanham o protesto. Antes do início da marcha, seis agentes da PSP conversaram com membros da organização do Vida Justa sobre "questões técnicas" e para questionar se alguém tinha avistado grupos que pudessem causar distúrbios, de acordo com um dos membros da organização. "Foi uma forma de dizer que, se houver problemas, podemos contar eles. Se for só isso, não é mau", disse o mesmo responsável.

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