Vida Justa volta à rua pelo direito à cidade. “Estamos a pedir o que nos pertence”

Depois da “Casa para Viver, Planeta para Habitar”, há uma nova manifestação a ocupar as ruas de Lisboa, este sábado, desta vez convocada pelo Vida Justa, que exige “alterações materiais e concretas”.

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A primeira reacção do taxista que levou o PÚBLICO ao destino onde esta entrevista teria lugar foi comentar o "perigo" daquele bairro. Segundos depois, corrigiu-se. "A esta hora, ainda estão todos a dormir, não é tão perigoso". O bairro era o da Cova da Moura, no concelho da Amadora, e a hora já tinha passado as dez da manhã. Foi, como explicou Flávio Almada momentos depois, o reflexo da "combinação da criminalização do espaço e das pessoas com a criminalização da pobreza", que cria um "imaginário social" em que "os bairros são zonas perigosas, onde não há trabalhadores", ainda que, às 5h30 da manhã, os autocarros estejam "cheios com empregadas de limpeza".

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