O direito à habitação ocupou a cidade que o expulsa

Dezenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas de 24 cidades para lutar pelo direito à habitação e pela justiça climática. Em Lisboa, palco do maior protesto, exigiu-se uma “cidade para as pessoas”.

Milhares de pessoas marcharam em Lisboa. "Eu não saí do armário para agora viver num", lê-se num dos cartazes
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Milhares de pessoas marcharam em Lisboa. "Eu não saí do armário para agora viver num", lê-se num dos cartazes NFS Nuno Ferreira Santos
Segundo a PSP, menos oito mil pessoas ocuparam toda a extensão da rua de Santa Catarina, no Porto, desde a Praça da Batalha até à Rua de Fernandes Tomás
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Segundo a PSP, menos oito mil pessoas ocuparam toda a extensão da rua de Santa Catarina, no Porto, desde a Praça da Batalha até à Rua de Fernandes Tomás Rui Oliveira
Em Lisboa, uma camioneta da organização liderava com gritos de luta: "Casa vazia, expropria", grita-se no cortejo
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Em Lisboa, uma camioneta da organização liderava com gritos de luta: "Casa vazia, expropria", grita-se no cortejo NFS Nuno Ferreira Santos
"Querido não tenho casa", lê-se num cartaz no Porto.
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"Querido não tenho casa", lê-se num cartaz no Porto. Rui Oliveira
No Porto, protestante leva "casa" de cartão com renda de 500 euros nos ombros
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No Porto, protestante leva "casa" de cartão com renda de 500 euros nos ombros Rui Oliveira
Em Lisboa, Deputados do Chega abandonam manifestação escoltados pela PSP
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Em Lisboa, Deputados do Chega abandonam manifestação escoltados pela PSP NFS Nuno Ferreira Santos
Metro quadrado do protesto arrenda-se a 2445€. Manifestantes no Porto criticam preços elevados no acesso à habitação
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Metro quadrado do protesto arrenda-se a 2445€. Manifestantes no Porto criticam preços elevados no acesso à habitação Rui Oliveira
Lisboa, manifestação "Casa para Viver". Manifestante critica papel da GALP e EDP na crise
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Lisboa, manifestação "Casa para Viver". Manifestante critica papel da GALP e EDP na crise NFS Nuno Ferreira Santos
Cartazes denunciam ganância por detrás da crisa da habitação
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Cartazes denunciam ganância por detrás da crisa da habitação NFS Nuno Ferreira Santos
Em Lisboa, uma camioneta da organização liderava com gritos de luta: "Casa vazia, expropria", grita-se no cortejo
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Em Lisboa, uma camioneta da organização liderava com gritos de luta: "Casa vazia, expropria", grita-se no cortejo NFS Nuno Ferreira Santos
"Vida justa para todas as pessoas", lê-se num dos cartazes em Lx.
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"Vida justa para todas as pessoas", lê-se num dos cartazes em Lx. NFS Nuno Ferreira Santos
"Rendas controladas, manifs descontroladas", lê-se num cartaz em Lisboa
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"Rendas controladas, manifs descontroladas", lê-se num cartaz em Lisboa NFS Nuno Ferreira Santos
Centenas de protestantes juntaram-se em Lisboa para exigir o direito a uma habitação digna "Casa é um direito", lê-se num dos cartazes
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Centenas de protestantes juntaram-se em Lisboa para exigir o direito a uma habitação digna "Casa é um direito", lê-se num dos cartazes NFS Nuno Ferreira Santos
Milhares sairam à rua a propósito da manifestação "Casa para viver, Planeta para habitar"
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Milhares sairam à rua a propósito da manifestação "Casa para viver, Planeta para habitar" NFS Nuno Ferreira Santos
Protesto no Porto apela a mais alojamento estudantil
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Protesto no Porto apela a mais alojamento estudantil Rui Oliveira
Manifestação "Casa para viver, Planeta para Habitar", no Porto
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Manifestação "Casa para viver, Planeta para Habitar", no Porto Rui Oliveira
Manifestação  "Casa para Viver, Planeta para Habitar" em Lisboa
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Manifestação "Casa para Viver, Planeta para Habitar" em Lisboa LUSA/ANToNIO PEDRO SANTOS
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Foi de uma cidade deslassada que se falou durante os quase três quilómetros e mais de três horas que se percorreram entre o topo da Avenida Almirante Reis e a praça do Rossio, em Lisboa. A capital concentrou o maior mar da população que encheu as ruas para lutar pelo direito à habitação e pela justiça climática e, no fim, tornou-se no retrato do que a crise habitacional está a fazer não só a quem não encontra casa para viver, mas, também, às comunidades que deixam de o ser por não terem onde se encontrar. Aos megafones e nos cartazes, protestou-se contra uma cidade que tira espaço a quem quer ficar para dá-lo a quem está de passagem, que fecha as portas à organização colectiva, artística e cultural e que, na hora de dormir, manda de volta para as periferias quem a constrói e limpa durante o dia.

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