Inter bate AC Milan e confirma presença na final da Champions
Novo triunfo da formação “nerazzurri”, que regressa ao palco das grandes decisões 13 anos depois da última conquista.
Sem direito a surpresas, o Inter de Milão bateu (1-0) o rival AC Milan, esta terça-feira, no Giuseppe Meazza, e está - com um total de 3-0 na eliminatória - de regresso à final da Liga dos Campeões para defrontar, a 10 de Junho, em Istambul, o vencedor da meia-final desta quarta-feira, entre Manchester City e Real Madrid.
Treze anos depois da última conquista, com José Mourinho no comando técnico, o Inter limitou-se a gerir a vantagem do jogo da primeira mão e a colocar um ponto final na discussão à entrada do quarto de hora final, para levar a equipa de Simone Inzaghi ao palco das decisões 13 anos depois da última conquista.
Em desvantagem na eliminatória, o AC Milan estava obrigado a procurar proactivamente, ainda que com as devidas precauções, uma via rápida para o golo. De preferência na fase inicial, para exercer maior pressão sobre o rival e, assim, levar o Inter a duvidar da almofada de dois golos conseguida na primeira mão das meias-finais.
Ciente das opções de Stefano Pioli, Simone Inzaghi montou um cordão de três centrais com o apoio dos alas e a coordenação de Çalhanoglu, para depois mobilizar a dupla da frente, com Dzeko a absorver o primeiro impacto no choque com a defesa “rossonera” enquanto Lautaro Martínez explorava as fragilidades ampliadas pela urgência do adversário. E foi a partir deste esboço que o jogo começou a desenrolar-se, com os “visitantes” a fazerem o que lhes competia, a criarem alguns constrangimentos, mas sem causar mossa.
Muito por culpa da entrada tardia de Rafael Leão no ritmo. O português simbolizava a esperança numa reviravolta, mas a inclusão no onze inicial poderá ter sido precipitada.
De resto, Leão só “rugiu” perto dos 40 minutos, num lance que definiu com o pé esquerdo, com a bola a rasar o poste. Mas, caso tivesse sido mais feliz na finalização, o avançado do AC Milan teria de enfrentar o critério do VAR, já que no início da jogada tocou com o braço na bola.
Na realidade, os dois primeiros lances de verdadeiro perigo — um para cada lado — resultaram de jogadas feridas de ilegalidade: os “rossoneri” obrigaram Onana a defesa de recurso, após remate frontal de Brahim Díaz, depois de Tonali ter cometido falta sobre Barella; na outra baliza, Maignan foi chamado a intervenção apertada, mas o lance finalizado por Lautaro Martínez não contaria, já que Dzeko partira de posição irregular.
No fundo, os guarda-redes mostraram reflexos apurados, antes da primeira real ocasião de golo, que saiu da cabeça de Dzeko, num livre que Mike Maignan resolveu por puro instinto. Em causa estava a sexta final da história do Inter de Milão, a primeira desde 2010 — quando venceu o Bayern Munique e somou o terceiro título —, e a 12.ª do AC Milan, que procura o oitavo troféu de campeão europeu.
Esgotada a primeira parte, o relógio começava a correr a favor de um cada vez mais confortável Inter, que só precisava de manter o rigor, organização e espreitar uma transição para sentenciar a eliminatória.
Para o Milan, era tempo de agilizar processos, certo de que teria que reescrever a história recente e recuar até 1989/90, última vez em que marcou mais de dois golos ao rival (Van Basten, Fuser e Massaro) depois de um nulo ao intervalo.
Apesar de todas as premissas, o jogo continuava empatado à entrada dos 20 minutos finais. Altura em que Inzaghi já tinha lançado Lukaku para refrear o assalto final dos “rossoneri”. Uma aposta que acabou por revelar-se decisiva para a qualificação dos “nerazzurri”, que no desenvolvimento de um lançamento lateral fizeram a bola chegar ao internacional belga em plena grande área. Lukaku ganhou o espaço facilmente e tocou para Lautaro, que devolveu e recebeu à frente, disparando entre o poste e Maignan. Era o golo da confirmação que elevava para três sem resposta a eliminatória. Até final, o Inter esteve sempre mais perto de ampliar a vantagem, mas o primeiro finalista estava encontrado.