CINEMA
Play - Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil de Lisboa
De 25 de Fevereiro a 5 de Março
Mais 150 filmes de 40 países, entre curtas e longas, conduzem a “uma verdadeira viagem ao mundo, desafiando os mais jovens a descobrirem algo mais sobre a sua realidade”. Assim se apresenta o Play, que se faz anunciar como “o maior dos últimos anos” ao celebrar a sua décima edição.
Abordando temas como “acção climática, igualdade de género, inclusão e adolescência”, dá as honras de abertura ao documentário Águas de Pastaza, de Inês T. Alves, que teve estreia mundial em Berlim e regista a vivência de crianças indígenas do Equador, que crescem em comunidade e ligadas à natureza. Outro filme a chamar a atenção é Ice Merchants, de João Gonzalez, nomeado para o Óscar da melhor curta de animação.
Um cineconcerto de The Legendary Tigerman, um encontro de cinema infantil para profissionais, uma homenagem a Cecília Meireles, uma nova secção para maiores de 13, ateliês, laboratórios, concursos e sessões para bebés são outras atracções do festival.
O Play realiza-se no Cinema São Jorge e na Cinemateca Júnior, em Lisboa. Os bilhetes para as projecções custam entre 3,20€ e 3,50€, ficando a 2,80€ para crianças entre os dois e os 16 anos. A entrada nas actividades paralelas varia entre 1€ e 8,50€. O cartaz completo está aqui.
EXPOSIÇÕES
Marionetas Que Guardam o Tempo
23 de Fevereiro a 23 de Abril
A Monstra ainda não chegou à cidade — 15 a 26 de Março são as datas da 22.ª edição do festival de animação lisboeta — mas já se faz sentir no Convento das Bernardas, morada do Museu da Marioneta (Lisboa) e ponto de partida para Uma viagem ao mundo das marionetas de animação portuguesas, esclarece o subtítulo.
Além de abrir alas ao festival, a exposição assinala o centenário d’O Pesadelo de António Maria, de Joaquim Guerreiro (considerado o primeiro filme de animação português), com cenários, bonecos e adereços usados nesta área ao longo dos tempos.
Podem vir do passado, ligados a criadores como José Miguel Ribeiro, Bruno Caetano ou Vítor Hugo; do presente, na forma das personagens-casacos d’O Casaco Rosa, de Mónica Santos, que será exibido na Monstra (e, já agora, também no Play); ou do futuro, nas marionetas de papel d’A Casa para Guardar o Tempo, de Joana Imaginário, que terá estreia mundial no festival.
A mostra está patente de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada a 5€. Quem quiser saber mais sobre os objectos, pode inscrever-se nas visitas orientadas, marcadas para os dias 11 de Março e 15 de Abril, às 15h.
Cidade-Miniatura
23 de Fevereiro a 3 de Setembro
Toda a família está convidada a percorrer as ruas de Lisboa na perspectiva de um liliputiano, cortesia do trabalho de paciência, pormenor e mestria a que um bombeiro — que também foi construtor civil e carpinteiro — se dedicou ao longo de 26 anos.
Chamava-se Luís Caetano Pereira de Carvalho (1862-1933) e deixou uma maqueta que “é um documento fidedigno da cidade nas primeiras décadas do século XX”, garante o Museu de Lisboa, que organiza a exposição em parceria com o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Está instalada no Palácio Pimenta e pronta a receber visitas de terça a domingo, das 10h às 18h, por 3€.
MÚSICA
Pinóquio
26 de Fevereiro
Não é mentira: o boneco de madeira esculpido por Gepeto ganha vida como protagonista deste “primeiro concerto” para crianças dos três meses aos seis anos. O famoso conto infantil de Carlo Collodi transforma-se, pela mão de Paulo Neto e mais quatro intérpretes, “num espectáculo musical adaptado aos nossos dias”.
Pinóquio sobe ao palco da Casa da Música (Porto) no domingo, às 10h. Os bilhetes custam 12€ (criança + adulto) e 10€ (segundo acompanhante).
As Árvores Não Têm Pernas para Andar
23 a 25 de Fevereiro
Numa paleta de tons variada, à medida das diferentes espécies espalhadas pelo mundo, e com a ajuda de um toy piano, a pianista Joana Gama passeia-se por “árvores que são autênticas casas, outras que movem multidões para serem admiradas ou outras que produzem material que chega até à Lua”.
O espectáculo infantil, para ver a partir dos três anos, lança raízes no Theatro Circo (Braga) neste sábado, às 10h e às 11h, por 5€. Na quinta e sexta anteriores, no mesmo horário, são as escolas a ocupar a plateia.
Harry Potter e o Príncipe Misterioso
25 de Fevereiro
A Orquestra Filarmonia das Beiras reincide no universo mágico de J.K. Rowling, desta vez com o sexto capítulo da saga cinematográfica no ecrã e nas partituras. Dirigidos pelo maestro britânico Timothy Henty, mais de 90 músicos interpretam ao vivo a banda sonora de Nicholas Hooper, enquanto o filme de David Yates é projectado numa tela gigante.
A viagem está agendada para sábado, às 20h30, na Altice Arena (Lisboa), e é válida a partir dos 12 anos. O preço do passaporte vai dos 29€ aos 100€.
TEATRO
A Tartaruga e o Menino do Mar
26 e 27 de Fevereiro
A história de um menino entregue a uma grande tartaruga é “narrada com voz de sal e ondulada com ilustração ao vivo” por Ana Sofia Paiva e Margarida Botelho, respectivamente. São elas que levam as crianças a mergulhar no “deslumbrante e enigmático reino do fundo mais fundo do oceano”, inspiradas por um conto popular da tradição cabo-verdiana.
Dirigida a maiores de três anos, a performance teatral está em cena no Convento de São Francisco, em Coimbra. A sessão de domingo acontece às 16h e destina-se ao público em geral (4€); as de segunda-feira, às 10h e 16h, estão reservadas a escolas (2€).
A Viagem de Mustafa
26 de Fevereiro
Vem de uma terra distante, assombrada pela guerra e o medo. Depois de uma longa viagem, chega finalmente a um lugar de esperança. Chama-se Mustafa e é o menino refugiado que dá título ao livro que Marie Louise Gay assinou e que Ângela Ribeiro aqui redescobre, com a crença de que “os lugares não têm dono” e que “é entre as crianças que o preconceito se desfaz”.
Esta história de integração, que ganha vida em marionetas, pode ser vista no domingo, às 16h30, no Teatro-Cine de Torres Vedras (M/6; 2€).
Q de Quê?
25 e 26 de Fevereiro
A nova produção infanto-juvenil do Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser é “um espectáculo em forma de pergunta”, que convida os miúdos (a partir dos oito anos) a reflectirem “sobre diversidade, identidade e expressão de género”.
Criada por Alfredo Martins (que assina o texto) e Luís Godinho (que o interpreta), conta com figurinos de Ainhoa Vidal e cenografia de Carla Martinez para compor “uma ambiência quase imersiva, paisagem saturada entre o real e o sonho”. Ali se apresenta “um ser que nos vai questionar e desafiar a olhar mais atentamente para tudo o que nos rodeia”, acrescentam.
A interrogação coloca-se no Auditório Municipal António Silva (Cacém, Sintra), às 16h de sábado e domingo, com bilhetes de 5€ a 7€
CIRCO
Piste, Piste, Piste
26 de Fevereiro
“Um dia, um miúdo plantou três pequenos pontos. Cresceram e transformaram-se em linhas…” Para conhecer o resto da história é preciso entrar no espectáculo trazido pelo colectivo finlandês Portmanteau, que o descreve como “uma jornada fascinante pelo mundo das formas e da criatividade”.
Tem lugar num palco branco em transformação, um “ambiente visual poético e dinâmico” onde o circo contemporâneo se encontra com a dança e as artes visuais. A inspiração vem do livro Três Pontinhos, de Mario Vale.
É acolhido pelo Cineteatro António Lamoso (Santa Maria da Feira) no domingo, às 17h (M/6; 5€ a 8€).