A pontificar um rochedo vulcânico, a uma altura de 85 metros de altura – ou de 268 degraus esculpidos na rocha –, ergue-se a capela de Saint-Michel d’Aiguilhe. Remonta ao século X e diz-se que foi erigida por obra de alguém que, nessa época, se dirigia a Santiago de Compostela.

É um postal que continua a fazer parte do caminho dos milhares de peregrinos que fazem e refazem a rota religiosa. E é um dos lugares visitados, ao longo de hora e meia, pelo documentário que a RTP2 estreia a 9 de Novembro, às 23h08.

“São 3000 quilómetros que vão parecer um passeio”, convida o canal. Importa menos o destino e mais a viagem. Caminhos de Compostela: Um Património Revelado segue os passos dos peregrinos não num sentido de jornada espiritual, mas patrimonial. A ideia, como sugere o título, é partir à descoberta da(s) história(s) dos monumentos que vão marcando o caminho.

Esse caminho é observado na perspectiva de quem enceta viagem em França. O documentário é uma produção francesa, escrita e realizada por Marie Perrin. Testemunhos e explicações de historiadores e outros especialistas ajudam a compor e compreender em detalhe a paisagem edificada que pontua o itinerário.

Além da pitoresca capela altaneira de Aiguilhe, passa pela catedral de Notre-Dame du Puy-en-Velay, pela ponte Valentré de Cahors (também conhecida como “ponte do diabo”) e pela majestosa gare ferroviária de Canfranc, entre outros locais – muitos deles, listados como Património Mundial da UNESCO.