Em cedro e espírito, Paulo Neves homenageia os caminheiros de Santiago: também “são, de alguma forma, santos”

A exposição O Caminho dos Santos é composta por 15 peças do “tamanho de pessoas reais”: inaugura a 11 de Abril em Santiago de Compostela e depois caminha para igrejas de Aveiro e para os Clérigos, no Porto.

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O Caminho dos Santos DR
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O Caminho dos Santos - o escultor Paulo Neves a criar as obras DR
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O Caminho dos Santos - o escultor Paulo Neves a criar as obras DR
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O Caminho dos Santos - o escultor Paulo Neves a criar as obras DR

É, dir-se-ia, uma espécie de peregrinação às avessas – afinal, a “partida” é de Santiago de Compostela, mais habituada a chegadas. E os “peregrinos” não são de carne e osso mas têm tamanho de gente e são, sobretudo, “uma homenagem aos milhares de caminheiros” que, anualmente, percorrem os vários itinerários dos caminhos de Santiago.

Nessa determinação, o escultor Paulo Neves compara-os, “de alguma forma”, a “santos” – “no sentido em que fazem algo admirável e servem de testemunho aos demais, tal como os santos” – e daí surgiu o título da exposição que inaugura no dia 11 de Abril no Seminario Mayor de Santiago de Compostela. “O caminho dos Santos” permanece na cidade galega até 30 de Junho e depois começa a tal “peregrinação” – por várias igrejas de Aveiro e passagem na Torre dos Clérigos (Porto).

São 15 as peças que constituem a mostra: a madeira de cedro – o material eleito para este conjunto pelo artista que trabalha também em pedra, bronze e ferro estiliza-se em rostos, círculos e espirais que se compõem em “tamanho de pessoas reais”, lê-se no comunicado de imprensa.

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O Caminho dos Santos - o escultor Paulo Neves a criar as obras dr

Dessas figuras, 13 representam os “apóstolos e o caminho que percorreram enquanto mensageiros, enquanto romeiros”, enquanto as duas restantes “simbolizam os caminhos propriamente ditos, os muros que obstaculizam a passagem e a energia necessária para percorrer os caminhos ou fazer as travessias a que o ser humano se propõe”.

Nesta relação, o escultor, natural de Cucujães (Oliveira de Azeméis), insta os visitantes lançarem-se ao seu próprio caminho, seja ele literal ou metafórico, (de “descoberta interior”) e, subsequentemente, à partilha das experiências e encontros “tal como fizeram os apóstolos e tal como fazem os peregrinos”.

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