Kanye West quer comprar a rede social Parler, famosa entre apoiantes de Trump

O negócio foi avançado pela empresa, considerando que “Ye está a dar um passo pioneiro para o espaço da liberdade de expressão das redes sociais e nunca mais terá de recear ser bloqueado”.

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Ye pretende voltar a ser candidato à Casa Branca em 2024 MICHAEL REYNOLDS/EPA

A rede social norte-americana Parler informou, nesta segunda-feira, que poderá vir a ser adquirida por Kanye West, depois de o rapper ter tido publicações, acusadas de serem anti-semitas, removidas do Instagram e do Twitter.

De acordo com a Parlement Technologies, empresa-mãe da Parler, West, que mudou o seu nome legal para Ye, entrou num “acordo de princípio” para adquirir a plataforma, muito popular entre os apoiantes do ex-Presidente Donald Trump.

Numa declaração, a companhia defende que a parceria “assegura à Parler um papel futuro na criação de um ecossistema inatingível onde todas as vozes são bem-vindas”.

O CEO da Parler, George Farmer, considera que “Ye está a dar um passo pioneiro para o espaço da liberdade de expressão das redes sociais e nunca mais terá de recear ser bloqueado”.

Há muito que o músico usa as redes sociais como veículos para transmitir as suas opiniões pessoais e políticas (West foi candidato à Casa Branca em 2020 e quer voltar a tentar em 2024), juntamente com reivindicações controversas e ofensivas. O Twitter confirmou, na semana passada, que removeu uma publicação de West e bloqueou temporariamente a sua conta por violar as políticas da empresa, sem especificar qual. Antes, o Instagram já o tinha feito.

As plataformas de redes sociais há muito que enfrentam a pressão para reprimir aqueles que utilizam os seus espaços no sentido de travar a partilha de material ofensivo ou que incita o ódio e a violência. Mas a Parler parece caminhar numa diferente direcção, ao se apresentar como “a principal plataforma global de liberdade de expressão”.

Citado no comunicado publicado pela Parler, Farmer vai mais longe e afirma que o acordo com Ye vai “mudar o mundo”, mas sobretudo “a forma como o mundo encara a liberdade de expressão”.


* com Bryan Pietsch

Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post

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