Cigano – a palavra que embaraça a comunicação social
Se hoje em dia só ouvimos falar de ciganos por más razões, os jornalistas têm bom remédio: procurem as boas razões.
Sem a cultura cigana, não teríamos Diego El Cigala a cantar Inolvidable (“He besado otros labios, pero solo consiguen hacerme recordar los tuyos”). Não teríamos o Romanceiro Cigano de Federico García Lorca (“Foge, lua, lua, lua./ Se viessem os ciganos,/ Fariam com teu coração/ colares e anéis brancos”). Não teríamos Gato Preto, Gato Branco, de Emir Kusturica, e o seu inesquecível casamento junto ao Danúbio. Não teríamos a Carmen, de Bizet, nem Maria Callas a cantar Habanera (“L’amour est un oiseau rebelle/ Que nul ne peut apprivoiser”). Não teríamos a cigana Esmeralda de Notre-Dame de Paris, e o corcunda Quasimodo morreria nas mãos de Victor Hugo sem ter conhecido o amor.
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