Catarina Furtado, Francisca de Magalhães Barros e Marisa Liz dão um Grito de Paz contra a violação como arma de guerra

A violação como arma de guerra é o mote para uma campanha que ocupa a rede social Instagram, a partir desta segunda-feira.

Foto
A violência sexual, sobretudo contra mulheres e crianças, continua a ser uma realidade em cenários de guerra DR

Afeganistão, Iémen, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Ucrânia. Cinco países, cinco territórios devastados pela guerra, em que a violação é usada para destruir o inimigo.

Desde o Estatuto de Roma, de 1998, que enumerou os crimes que poderiam ser rotulados de genocídio, contra a humanidade ou de guerra, a violação foi colocada sob o segundo chapéu, ainda que nos outros dois os crimes de ordem sexual possam ser considerados. Mas, na prática, a violência sexual, sobretudo contra mulheres e crianças, continua a ser exercida pelo inimigo.

É para chamar a atenção para este fenómeno e para unir vozes contra a violação como arma de guerra que a activista de direitos humanos e cronista Francisca de Magalhães Barros e a cantora e compositora Marisa Liz dão a cara e as suas contas de redes sociais à campanha Grito de Paz 2022. O objectivo é “alertar e consciencializar para a utilização da violação como arma de guerra” e contará com as bandeiras daqueles cinco países, uma por cada semana, que serão publicadas no Instagram das duas promotoras, mas também da embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População Catarina Furtado e da sua associação Corações com Coroa.

Além deste Grito de Paz que recorre às bandeiras dos países onde estes crimes continuam a acontecer, está agendado um directo na conta de Instagram Corações com Coroa, que contará com as participações do médico intensivista e cronista do PÚBLICO Gustavo Carona e do psicólogo e voluntário dos Médicos Sem Fronteiras Raul Manarte. Para seguir no próximo sábado, dia 18 de Julho, a partir das 22h.

A violação em cenários de conflito é considerada crime de guerra quando se conseguem reunir provas de que não foi consequência de actos individuais e espontâneos, mas premeditada, ou seja, ter a confirmação de que houve ordens da cadeia de comando nesse sentido.

Sugerir correcção
Comentar