Marcelo vai a Andorra por ocasião do 10 de Junho celebrado em Braga e Londres
As comemorações do Dia de Portugal em 2022 decorrerão em Braga e junto das comunidades portuguesas no Reino Unido e o constitucionalista Jorge Miranda foi designado presidente da respectiva comissão organizadora.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai também a Andorra encontrar-se com a comunidade portuguesa por ocasião do 10 de Junho, que neste ano será celebrado em Braga e Londres.
Segundo o pedido de autorização para estas deslocações ao estrangeiro, disponível no portal da Assembleia da República na Internet, o chefe de Estado prevê ausentar-se do país entre 10 e 13 de Junho para ir a Londres e a Andorra.
Marcelo Rebelo de Sousa refere que irá a Londres para participar nas comemorações do Dia de Portugal e a Andorra para um encontro com a comunidade portuguesa.
No início de Fevereiro foi divulgado oficialmente que as comemorações do Dia de Portugal em 2022 decorrerão em Braga e junto das comunidades portuguesas no Reino Unido e o constitucionalista Jorge Miranda foi designado presidente da respectiva comissão organizadora.
Em Abril do ano passado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, estiveram juntos em Andorra, para participar na 27.ª Cimeira Ibero-Americana.
À margem da cimeira, o Presidente da República e o primeiro-ministro reuniram-se com elementos da comunidade portuguesa, que é composta por perto de onze mil pessoas e representa cerca de 14% da população do principado.
“Tenho a certeza que, se não foi para o ano, ainda durante o actual mandato do Presidente da República seguramente iremos celebrar aqui em Andorra o nosso 10 de Junho. Celebraremos com a presença do Presidente da República e, espero, também com a minha própria presença”, disse António Costa, na altura.
Marcelo em Timor-Leste entre 16 e 24 de Maio
Marcelo prevê ainda deslocar-se a Timor-Leste entre 16 e 24 de Maio para participar nas comemorações do 20.º aniversário da independência e assistir à posse de José Ramos-Horta como Presidente timorense. José Ramos-Horta irá tomar posse, pela segunda vez, como Presidente da República em 20 de Maio, data em que Timor-Leste celebra 20 anos da restauração da independência, conseguida após uma luta de libertação contra a ocupação indonésia. Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa falou por telefone com o Presidente eleito de Timor-Leste, a quem transmitiu “calorosas felicitações” e expressou “sinceros votos de sucesso”, segundo uma nota divulgada pela Presidência da República.
Nessa conversa foi referida a visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Timor-Leste - onde nunca esteve enquanto Presidente da República - por ocasião do 20 de Maio, que já tinha anunciado em Novembro do ano passado. Na terça-feira da semana passada, José Ramos-Horta foi eleito Presidente da República na segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste, derrotando o actual chefe de Estado timorense, Francisco Guterres Lú-Olo.
Celebrações fora de Portugal
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.
Em 2016 o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.
Em 2020, face à evolução da pandemia da covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa cancelou as comemorações do 10 de Junho que estavam previstas para a Madeira e para a África do Sul e optou por assinalar a data com uma “cerimónia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, apenas com os dois oradores e seis convidados.
Em 2021, as celebrações do Dia de Portugal decorreram na Região Autónoma da Madeira, com um programa intenso, durante três dias.
Inicialmente, esteve previsto as comemorações do 10 de Junho prosseguirem em Bruxelas, junto dos portugueses residentes na Bélgica, coincidindo com o final da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, mas esse programa no estrangeiro acabou por ser cancelado devido à situação sanitária local.
O assentimento da Assembleia da República às deslocações do chefe de Estado é uma formalidade imposta pela Constituição, que estabelece que o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do parlamento.