A arqueologia e a fantasia encontram-se nas casas abandonadas que ele procura pelos Estados Unidos

Brendon Burton
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Brendon Burton

Como uma criança que cresceu numa pequena quinta no sul de Oregon, nos Estados Unidos, Brendon Burton habituou-se desde cedo a explorar casas abandonadas. Quantas mais casas descobria, mais procurava — até que começou a encontrá-las por todo o país, enquanto conduzia "durante horas ao longo de vastas paisagens em partes rurais da América".

Assim, desde 2011, começou a reunir fotografias captadas com drone para integrar a série Thin Places, como a baptizou. "Há um conceito céltico em relação a lugares estranhamente magnéticos. Diz-se que o céu e a terra estão só a alguns palmos um do outro, mas nos "thin places" esta distância é mais pequena", explica ao P3. "As casas abandonadas são o exemplo perfeito deste fenómeno; uma casa é um recipiente que contém uma multiplicidade de histórias e experiências e, ainda assim, tem uma existência finita."

O que nos fascina nos lugares abandonados, acredita, é "a decadência de algo que é pessoal"; é a "intersecção da arqueologia e da fantasia"; é o "poder visitar estes locais, mas nunca saber a história completa". Por isso, confessa, a curiosidade fá-lo sempre querer voltar. "O que faz as pessoas abandonarem e o que mantém as coisas de pé? Quanto de uma vida permanece?"

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